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Milhares de pessoas celebram o Dia do Trabalhador em Lisboa

"A luta continua, nas empresas e na rua" e "É preciso investir para o país produzir" são palavras de ordem.

01 de maio de 2018 às 15:27

Milhares de manifestantes de todas as idades enchem esta terça-feira a avenida Almirante Reis, em Lisboa, no tradicional desfile para celebrar o Dia da Trabalhador, entre jovens que lutam contra a precariedade e reformados que fazem questão de participar.

"A luta continua, nas empresas e na rua" e "É preciso investir para o país produzir" são das palavras de ordem mais ouvidas.

"Estou aqui para defender os nossos direitos, dos jovens, para acabar com a precariedade, para termos horários mais livres para podermos dar apoio à nossa família e aos nossos filhos", disse à agência Lusa a jovem manifestante Irina Moreira.

A jovem acrescentou que as pessoas da sua geração "sofrem muito com a precariedade, com os horários inflexíveis, com turnos".

"Cada vez há mais precariedade e trabalho temporário e falta de condições", acrescentou, vincando que, por isso, vale a pena vir para a rua denunciar.

Também presente na manifestação, o casal de reformados Maria Catarina e Francisco Rosa disseram à Lusa que fazem questão de participar neste tradicional desfile, que começa no Martim Moniz e acaba na Alameda.

"Venho todos os anos [...] e sinto-me bem. Venho ajudar aqueles que trabalham", apesar de já estar reformada, afirmou Maria Catarina à Lusa.

Sob o lema "Lutar pelos direitos, valorizar os trabalhadores", no 1.º de Maio a intersindical liderada por Arménio Carlos, a CGTP, tem previstas manifestações, concentrações, convívios e iniciativas culturais, desportivas e lúdicas em várias cidades do país. Em Lisboa, o desfile arranca no Martim Moniz e termina na Alameda D. Afonso Henriques, com intervenções sindicais.

A CGTP comemora hoje o Dia do Trabalhador com manifestações e festividades em cerca de 40 localidades do país, enquanto a União Geral de Trabalhadores (UGT) centra a celebração em Figueiró dos Vinhos, uma das localidades mais afetadas pelos incêndios de 2017.

As comemorações deste ano do 1.º de Maio lembram os 132 anos dos acontecimentos de Chicago, que levaram à criação do Dia do Trabalhador. Naquela data foi realizada uma ação de luta pela redução da jornada de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos, que causaram a morte a dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.

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