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Portugueses estão a produzir mais lixo

Produção de resíduos regista crescimento de 11% em 2013, apesar da contração económica.

24 de dezembro de 2014 às 09:17

A crise e a contração da atividade económica provocaram em 2013 uma melhoria da qualidade do ar em Portugal, enquanto a produção de lixo registou um aumento de 11 por cento em relação a 2012.

Os dados sobre o ambiente ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, em mais de 80 por cento dos dias do ano, a qualidade do ar oscilou entre ‘bom’ e ‘muito bom’.

O decréscimo da população verificado desde 2010 e a redução de 19,4 por cento no consumo de petróleo entre 2009 e 2012 fez "diminuir as pressões sobre o ambiente", refere o INE. Também o aumento da potência instalada de energias renováveis, que cresceu a uma média anual de 5,6% entre 2009 e 2013, fez melhorar a qualidade do ar.

Em contraciclo com estes dados estão os da produção de lixo. Em 2013, Portugal produziu quase 16 milhões de toneladas de resíduos urbanos e setoriais, mais 1,6 milhões de toneladas face ao ano anterior, num aumento de 11,1 por cento. As estatísticas até mostram que os resíduos urbanos diminuíram: 6,6 milhões de toneladas, menos 3,5% face a 2012. A explicação reside, assim, no crescimento de 18,5% na produção de resíduos setoriais, que atingiu 11,2 milhões de toneladas em 2013.

Em relação aos resíduos urbanos, cada português produz em média 440 kg por ano (equivalente a 1,2 kg por dia), abaixo dos 487 kg da média da União Europeia. No topo da lista estão Dinamarca, Chipre, Luxemburgo e Alemanha, com mais de 600 quilos de resíduos urbanos por habitante. 

Menos dependência do petróleo

A dependência do petróleo continua a ser muito elevada em Portugal, tendo representado 44,4 % do consumo energético primário em 2013. Ainda assim, verificou-se uma redução face aos 46,3 % de média entre 2009 e 2013 . O gás natural surge como a segunda fonte energética mais consumida no ano passado com 17,4 % do total (18,4% em 2012), seguido do carvão, com 12,2% (13,6% em 2012). As fontes renováveis endógenas contribuíram em média com 22,4 % para o consumo de energia primária entre os anos de 2009 e 2013.

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