Professor catedrático avança por considerar que instituição "não pode ser a Universidade das oportunidades perdidas".
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O professor Ernesto Costa anunciou esta quarta-feira a sua candidatura à liderança daquela instituição de ensino superior, cujas eleições decorrem no início de 2019, propondo "uma estratégia de mudança agregadora" para ganhar o futuro.
Em nota enviada à agência Lusa, Ernesto Costa, professor catedrático da Universidade de Coimbra (UC), no Departamento de Engenharia Informática, refere que avança com a candidatura ao cargo de reitor por considerar que a instituição "não pode ser a Universidade das oportunidades perdidas".
"A UC tem uma história e um património ricos de que somos herdeiros e que temos obrigação de defender e valorizar. Estou preparado para assumir o cargo de reitor da UC com uma estratégia de mudança agregadora que, sem perder de vista o valor histórico e cultural do seu passado, se oriente, se realize e se cumpra no futuro", justifica.
Ernesto Costa lembra que nos últimos seis anos fez parte do Conselho Geral da Universidade [saiu para assumir a candidatura], tendo participado "ativamente nos debates importantes para o futuro" e "apresentado diversas propostas relevantes para o seu governo e funcionamento, bem como para a definição de políticas necessárias para o Ensino Superior".
"Esta participação ativa permitiu-me conhecer em profundidade os problemas do setor em geral e da nossa Universidade em particular", salienta.
Após "profunda e demorada reflexão", o professor decidiu candidatar-se ao cargo de reitor "por um imperativo de cidadania, mobilizando vontades num projeto inclusivo - de, com e para as pessoas - apostado numa missão: mudar a Universidade para ganhar o futuro".
"Num tempo de crises várias, tenho plena consciência dos enormes desafios que a sociedade contemporânea impõe às Universidades. Reconheço a dificuldade de satisfazer, com qualidade e responsabilidade social, a tripla missão em que estas se deverão cumprir: a de investigar, ensinar e valorizar o conhecimento", esclarece.
Segundo Ernesto Costa, "num contexto difícil, de que o subfinanciamento público é apenas uma das facetas, muitas Universidades optam por uma lógica de sobrevivência a curto prazo e, incapazes de pensar para além da conjuntura, correm o risco de hipotecar o seu futuro".
"É minha convicção que a UC precisa urgentemente de adotar uma estratégia arrojada e diferenciadora que, em estreita ligação com a cidade e a região, lhe permita aparecer à sociedade como um polo de investigação de renome mundial", defende.
Este é o terceiro candidato assumido a reitor da Universidade de Coimbra, depois de o diretor da Faculdade de Letras, José Pedro Paiva, e do vice-reitor Amílcar Falcão terem já assumido a pretensão de lideraram a mais antiga instituição do ensino superior de Portugal.
Segundo uma deliberação do Conselho Geral da Universidade de Coimbra de 25 de junho, a apresentação de candidaturas a reitor decorre até 07 de janeiro de 2019, sendo que a reunião plenária do Conselho Geral para a eleição do reitor ocorre a 11 de fevereiro.
O atual reitor, João Gabriel Silva, cumpre em 2019 o fim do seu segundo mandato à frente da Universidade de Coimbra.
Ernesto Costa, durante da sua carreira académica, tem ocupado vários cargos de gestão científica e universitária, nacional e internacionalmente. Em 1993, participou na fundação da Universidade Independente, tendo sido o seu primeiro reitor, com a missão de definir e implementar todo o seu projeto educativo. Foi também um dos fundadores do Departamento de Engenharia Informática da Universidade de Coimbra (DEIUC) e o seu primeiro presidente eleito.
A sua área de interesse científico é a Inteligência Artificial, tendo vindo a trabalhar em Computação Evolucionária, Vida Artificial, Sistemas Complexos, Aprendizagem Automática, Cognição e Biologia Computacional.
Nascido em Coimbra em 1953, Ernesto Costa foi orientador de diversos alunos de mestrado e de doutoramento, em Portugal e no estrangeiro. A pedido da UNESCO, organizou e coordenou atividades de formação em informática em países de língua oficial portuguesa (Cabo Verde e São Tomé e Príncipe), tendo ainda participado no projeto de formação EDDI para os primeiros engenheiros informáticos da Universidade Agostinho Neto, em Angola. Em 2013, integrou a equipa criada pela Fundação das Universidades Portuguesas que trabalhou na reorganização da Universidade Nacional de Timor Lorosae.
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