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Dificuldades em aterrar helicóptero afetam socorro a idoso

Aparelho foi para a Régua porque Lamego não tem local para aterragens noturnas.

18 de fevereiro de 2019 às 01:30
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Dificuldades em aterrar helicóptero afetam socorro a idoso

O helicóptero do INEM sedeado em Macedo de Cavaleiros foi acionado no sábado para fazer o transporte de um doente grave de Lamego para o Porto. No entanto, o socorro acabou por ser afetado, porque o aparelho, em vez de aterrar no heliporto do Hospital de Lamego, acabou por receber o doente no Estádio do Peso da Régua.

Os bombeiros de Lamego foram chamados às 17h25 para socorrer um homem de 80 anos, na localidade de Canelas, com queimaduras graves, que resultaram de uma queimada que o próprio realizou. A queimada acabou por se descontrolar e as chamas atingiram o idoso.

Para o local foram deslocados bombeiros e equipas médicas do INEM. Constataram que a melhor opção era solicitar o helicóptero para transportar o homem para uma unidade hospitalar com especialidade em queimados. Por indicação do CODU, os bombeiros tiveram de transportar a vítima até Peso da Régua, a 12 quilómetros, porque o helicóptero não tinha autorização para aterrar em Lamego, por já ser de noite. Acontece que o Estádio do Peso da Régua, para onde o héli se deslocou, também estava às escuras.

"Quem entrou em contacto comigo foi o comandante Nuno Carvalho, dos Bombeiros de Lamego. Eu não sabia que o helicóptero ia aterrar aqui. Quando, por curiosidade, me desloquei ao estádio, que tinha ainda a iluminação desligada, recebo uma chamada do INEM a pedir-me para tratar da iluminação até porque o helicóptero já se encontrava a sobrevoar as instalações", explicou ao CM Rui Lopes, comandante dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua.

Só após a ligação da iluminação do estádio é que o helicóptero aterrou, transportando a vítima para o Hospital da Prelada, na cidade do Porto, a 75 quilómetros de distância por via aérea.

INEM diz que é o piloto quem decide onde vai aterrar

Ao CM fonte do INEM explica "que são sempre os comandantes das aeronaves que decidem qual o local mais próximo do doente e que simultaneamente reúna as condições de segurança necessárias para aterrar a aeronave".

Adianta que "todas as questões relacionadas com a operação aeronáutica são responsabilidade da empresa contratada para o efeito", remetendo assim a responsabilidade para o piloto da aeronave e a empresa Babcock.

Hospitais avançam com certificação dos heliportos

Os hospitais que tinham problemas com a certificação dos heliportos já avançaram com o processo. Alguns aguardam a aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Tal como o CM já havia noticiado, o heliporto do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (Vila Real) já está operacional. Já o do Hospital de Lamego ainda está sob estudo.

PORMENORES

Heliporto do Exército

A cidade de Lamego dispõe, além do heliporto situado no hospital, de outro no Centro de Tropas de Operações Especiais do Exército Português. As instalações estão localizadas no centro da cidade.

33 heliportos

Em Portugal, há 33 unidades hospitalares que dispõem de instalações para receber helicópteros de emergência médica. Em novembro do ano passado, a Agência Nacional de Aviação Civil informou da existência de problemas em oito dessas unidades devido ao processo de certificação.

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