"Eu já tive encontros com lesados do BES talvez uma dezena ou uma dúzia", disse o Presidente da República.
O Presidente da República afirmou esta terça-feira que vai falar com o governador do Banco de Portugal sobre os lesados de Banif e BES e adiantou que está a ser ponderada a criação de um grupo de trabalho.
Em resposta a questões dos jornalistas, no Funchal, a propósito de reuniões que teve na segunda-feira com representantes de lesados daqueles dois bancos, Marcelo Rebelo de Sousa relatou: "Falaram-me sobretudo numa ideia concreta que é a constituição de um grupo de trabalho". No seu entender, "pode ser uma plataforma interessante para ambos os casos, que não são exatamente iguais, mas têm pontos comuns".
"Ficaram de me enviar, e já recebi, ainda não li, um relatório de uma comissão de peritos independentes terminado no final de 2019, princípios de 2020, e que é importante ler. Disseram-me que aguardam um parecer do Banco de Portugal. Vou ter oportunidade de falar disso com o senhor governador do Banco de Portugal [Mário Centeno] oportunamente", declarou, por outro lado.
O chefe de Estado, que prestava declarações aos jornalistas após um almoço com membros da Assembleia Legislativa Regional da Madeira, no Palácio de São Lourenço, referiu que "já conhecia" a situação dos lesados do Banif e do Banco Espírito Santo (BES).
"Eu já tive encontros com lesados do BES talvez uma dezena ou uma dúzia. E mesmo emigrantes da Madeira e emigrantes em geral já tinha tido outras reuniões e, portanto, conheço os casos. Vamos ver se a hipótese do grupo de trabalho é possível", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa realçou que "há recomendações da Assembleia da República e das assembleias legislativas da Madeira, no caso dos lesados Banif, e dos Açores, nos dois casos, de haver realmente talvez essa hipótese a ponderar de um grupo de trabalho que cubra as duas realidades, que têm pontos em comum e outros diferentes".
À saída do Palácio de São Lourenço, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a ser questionado sobre o anúncio das autoridades espanholas de que iriam exigir prova de vacinação contra a covid-19 ou teste negativo nas fronteiras terrestres com Portugal, norma entretanto corrigida.
O Presidente da República, que já tinha falado sobre este assunto na segunda-feira à noite e hoje de manhã, após a retificação desta norma por parte de Espanha, não se quis alongar e deu o problema como ultrapassado, declarando: "Agora vamos olhar em frente e vamos continuar o nosso caminho comum".
"Foi um lapso, acontece na vida dos povos e na vida das pessoas. Agora vamos em frente e aquilo que nos une e aquilo que temos de fazer em conjunto é mais importante do que estes pequenos lapso", reforçou.
Mais tarde, durante um percurso a pé no concelho de Câmara de Lobos, Marcelo Rebelo de Sousa afastou qualquer ligação entre este caso e a competição pelo turismo: "Não, eu penso que neste caso específico, não. Foi um lapso, foi um erro. Aconteceu, aconteceu".
Interrogado se já encontrou explicação para a atuação de Espanha, o chefe de Estado respondeu: "Não, nem me vou ocupar um minuto com isso".
O Presidente da República chegou na segunda-feira à Madeira, onde ficará até quinta-feira, para as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesa.
Hoje, antes de seguir para Câmara de Lobos, onde assinalou o Dia Internacional dos Oceanos, defendendo que este setor é uma prioridade nacional, o chefe de Estado depôs uma coroa de flores no Monumento ao Emigrante Madeirense, no Funchal.
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