Anúncio foi feito em conferência de imprensa pelo secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, na sede do sindicato.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou esta sexta-feira uma greve nacional para 25, 26 e 27 de julho em protesto contra "a incapacidade" do Governo em "apresentar uma grelha salarial condigna".
O anúncio foi feito em conferência de imprensa pelo secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, na sede do sindicato, em Lisboa.
Roque da Cunha pediu que a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) se associasse ao protesto, bem como os profissionais do setor privado, estes últimos em 26 de julho.
A paralisação, no setor público, enquadra-se num calendário mais vasto de greves, em várias modalidades e regiões, que começa em 24 de julho com uma greve às horas extraordinárias nos centros de saúde e termina em 21 de setembro com uma greve na região Norte.
Está, ainda, agendada uma greve nacional dos médicos internos para 16 e 17 de agosto.
O calendário de greves foi esta sexta-feira aprovado pelo Conselho Nacional do SIM, no dia em que o sindicato se reuniu com o Ministério da Saúde sobre várias matérias, incluindo a revisão das grelhas salariais, no último dia previsto no período negocial, ainda iniciado em 2022.
O SIM decidiu marcar greve às horas extraordinárias nos centros de saúde e uma greve à "produção adicional" nos hospitais de 24 de julho a 22 de agosto.
Foram, ainda, aprovadas paralisações para as regiões do Centro (09 e 10 de agosto), Lisboa e Vale do Tejo (uma primeira em 23 e 24 de agosto e uma segunda a 13 e 14 de setembro), Alentejo, Algarve e Açores (30 e 31 de agosto) e no Norte (uma primeira em 06 e 07 de setembro e uma segunda a 20 e 21 de setembro).
O sindicato não convocou greve para a Madeira, advogando que houve acordo entre todos os sindicatos e o Governo Regional.
Segundo Roque da Cunha, o SIM "tentou até à última hora evitar formas de luta", mas as propostas apresentadas pelo Governo foram "manifestamente insuficientes".
"Não podemos aceitar acordos que não são justos", afirmou, alegando que a tutela "não apresentou uma grelha salarial séria".
O SIM, que se revelou disponível para continuar as negociações, exige do Governo "seriedade e capacidade negocial".
"Tudo fizemos para atingir um acordo justo que combata a erosão de mais de 22% dos salários médicos nos últimos 10 anos", invocou o Conselho Nacional do SIM em comunicado.
Entretanto, o Ministério da Saúde anunciou ter agendado para a próxima semana novas reuniões com os sindicatos dos médicos, após os encontros desta sexta-feira terem terminado sem acordo.
Segundo fonte oficial do Ministério, a reunião com o SIM é já na próxima quarta-feira, enquanto com a FNAM, que tem greve marcada para quarta e quinta-feira, haverá reuniões na próxima sexta-feira e 11 de julho.
As negociações começaram formalmente com a equipa do ministro Manuel Pizarro, mas as matérias a negociar foram acordadas com a anterior ministra, Marta Temido, que aceitou incluir a grelha salarial dos médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no protocolo negocial.
Em cima da mesa estão as normas particulares de organização e disciplina no trabalho, a valorização dos médicos nos serviços de urgência, a dedicação plena prevista no novo Estatuto do SNS e a revisão das grelhas salariais.
No início de março, os médicos realizaram uma greve de dois dias convocada pelos sindicatos que integram a FNAM para exigir a valorização da carreira e das tabelas salariais, mas que não contou com o apoio do SIM, que se demarcou do protesto por considerar que não se justificava enquanto decorriam as negociações.
No início de junho, a FNAM anunciou uma nova greve para 05 e 06 de julho, alegando que o Governo continuava sem apresentar uma proposta de aumentos salariais a menos de um mês do fim das negociações.
Na quinta-feira, a FNAM admitiu novas greves em agosto depois de o Governo não ter formalizado uma proposta de revisão das grelhas salariais.
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