A edição de hoje
Cerca de dois milhões recebem por mês menos de 591 euros, pelo que não têm capacidade financeira para adquirir bens essenciais.
“Os pobres estão mais pobres” é uma das conclusões de um estudo realizado pela Pordata - Estatísticas sobre Portugal e Europa, divulgado no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
Os dados revelam que em Portugal 1,9 milhões de pessoas encontram-se em risco de pobreza, vivendo com um rendimento inferior a 591 euros mensais. Este valor aumenta para 2,1 milhões de pessoas se se considerar a população sem capacidade financeira para adquirir bens essenciais, pelo que para além de enfrentarem a pobreza são também atingidas pela exclusão social. Entre os cerca de 2,3 milhões de reformados o risco de pobreza atinge 15,4%.
Documentos
2024-10-17_00_29_09 risco de pobreza.pdfPor sua vez, nos cerca de cinco milhões em idade ativa, “um em cada dez trabalhadores é pobre, uma realidade que se tem mantido praticamente inalterada”, divulga a Pordata. Entre a população carenciada há cerca de meio milhão de pessoas (4,9%) que vivem em privação material e social severa.
As dificuldades podem não lhes permitir ter uma refeição de carne ou de peixe a cada dois dias, terem automóvel ou dois pares de sapatos de tamanho adequado.
As três maiores dificuldades económicas que afetam a população são: 39,8% não têm capacidade financeira para substituir mobiliário usado; 38,9% não dispõem de dinheiro para passar uma semana de férias por ano fora de casa; e 30,5% não conseguem fazer face a uma despesa inesperada, sem recorrer a empréstimo.
Com o inverno, uma em cada cinco pessoas não tem dinheiro para aquecer a casa.
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