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Spray pode curar alergia ao pólen

Tratamento pioneiro cria anticorpo que bloqueia sintomas e que pode chegar à população em cinco a sete anos.

12 de julho de 2025 às 01:30

Cientistas conseguiram pela primeira vez criar uma molécula capaz de travar a alergia aos pólenes - que afeta 40% da população europeia, 100 milhões de pessoas -, através da aplicação de um simples spray no nariz. Para já, a molécula resultou em testes realizados com ratos expostos a um dos pólenes mais comuns, a artemísia, mas os investigadores sublinham o caráter pioneiro do novo tratamento, que esperam aplicar em humanos dentro de cinco a sete anos.

“É a primeira vez que um anticorpo monoclonal concebido para bloquear um pólen foi colocado no nariz e mostrou proteger contra sintomas alérgicos nas vias respiratórias superiores e inferiores”, afirmou ao ‘MedicalXpress’ Kaissar Tabynov, autor do estudo publicado na revista científica ‘Frontiers in Immunology’, e diretor do Centro Internacional de Vacinologia da Universidade Agrária do Cazaquistão, em Almaty.

“Anticorpos similares poderão ser desenvolvidos para outros grandes pólenes alergénicos como o da relva e da ambrosia. Isto abre a porta a uma nova geração de tratamentos de precisão contra a alergia aos pólenes de efeito rápido, sem agulhas, e adaptados às especificidades alérgicas de cada indivíduo”, explicou o cientista. O anticorpo utilizado nos ratos precisa agora de ser “adaptado a humanos”, os ensaios clínicos podem avançar “em dois a três anos” e chegar ao mercado dentro de "cinco a sete anos", afirmou Tabynov. 

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