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Socorro atempado não impediria morte durante greve do INEM

Inspeção-Geral das Atividades em Saúde concluiu que morte de homem, de 90 anos, em Pombal, não poderia ser evitada, apesar do atraso no socorro.

07 de agosto de 2025 às 01:30

Pela sexta vez, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde não encontrou nexo de causalidade entre a demora no atendimento na chamada de socorro, durante a greve no INEM, e a morte de um utente. Em oito processos já concluídos, só em dois foi considerado que o socorro atempado poderia ter evitado os óbitos.

Neste caso, cujo resumo foi publicado esta quarta-feira pela IGAS, trata-se de um homem de 90 anos, de Pombal, que morreu no dia 4 de novembro de 2024, após sentir-se mal. Apesar de reconhecer atraso no socorro, a IGAS defende que as probabilidades de sobrevivência "seriam semelhantes, mesmo em condições otimizadas".

Este foi o 8.º inquérito concluído pela IGAS às 12 mortes alegadamente relacionadas com atraso no socorro nos dias da greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar do INEM, em outubro e novembro do ano passado. Em duas situações, a IGAS concluiu que a falha no socorro poderá ter contribuído para os óbitos.  Num dos casos, também em Pombal, a morte do utente, de 53 anos, "poderia ter sido evitada caso tivesse havido um socorro, num tempo mínimo e razoável"; no outro, em Bragança, concluiu-se que "não é possível formular-se juízos de culpabilidade", embora a probabilidade de sobrevivência estivesse "sempre condicionada à realização de manobras de suporte básico de vida, quando iniciadas no imediato". Neste caso, a VMER, que estava a dois quilómetros da casa da vítima, demorou 1h20 a chegar ao local. 

Também esta quarta-feira foi publicado em Diário da República um aviso para a contratação de 18 médicos para os quadros do INEM. Segundo o aviso, 4 vagas destinam-se para o Departamento de Coordenação do SIEM e delegações regionais do Norte (4), Centro (3), Lisboa, Vale do Tejo e Alentejo (5) e Algarve (2). Os contratos serão por tempo indeterminado e os médicos irão auferir 3351 euros.

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