Dores de cabeça da vítima eram resultado de aneurisma cerebral.
Cecília Silva está a lutar pela vida, depois de ter esperado nove horas, no Serviço de Urgência do hospital de Guimarães para ser observada. Recorreu à unidade de saúde devido a fortes dores de cabeça e desequilíbrio, mas a realidade era mais delicada. Os sintomas da mulher, de 72 anos, residente em Moreira de Cónegos, são resultado da rutura de um aneurisma cerebral que, por ter estado tanto tempo sem assistência, pode tornar-se fatal. Revoltada, a família da idosa quer processar o hospital, que considera ter sido negligente.
"A minha mãe não estava no seu estado normal, mas ninguém quis saber. Vou fazer queixa. Não é assim que se tratam as pessoas", contou Elsa Martins, filha da utente, que a acompanhou à Urgência.
Cecília entrou no hospital pelas 10h00 de quinta-feira e na triagem atribuíram-lhe pulseira verde – segunda menos grave numa escala de cinco. Ao ver o sofrimento da mãe e a demora no atendimento, Elsa pediu a uma enfermeira para a observar, mas de nada adiantou.
"A enfermeira disse-me que a minha mãe não estava assim com tantas dores, porque ainda dormiu um soninho. E que a cor da pulseira significava que havia gente à frente", disse Elsa, que só pelas 21h00, após alguma insistência e exames, soube o diagnóstico da mãe. Cecília, já sem sentidos, foi transferida para o hospital de Braga, onde se encontra em estado crítico.
Contactado pelo CM, o hospital de Guimarães remeteu esclarecimentos para segunda-feira.
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