Cerca de 70 pessoas participaram este sábado na "Assembleia de Resistência" na Praça do Marquês de Pombal, em Lisboa.
1 / 4
A "Assembleia de Resistência", este sábado organizada pela Climáximo, definiu como objetivos exigir a paragem de todos os investimentos públicos em combustíveis fósseis, lutar contra novos projetos que aumentem as emissões de CO2 ou terminar com as emissões supérfluas.
Aquela assembleia foi uma das partes da ação de protesto organizada este sábado pela associação Climáximo, um coletivo que luta pela justiça climática, e que decorreu na Praça Marquês de Pombal, em Lisboa.
Na ocasião foram discutidas e votadas as prioridades de luta para 2024 mas, segundo explicou à agência Lusa um dos porta-vozes da organização, só foi possível apurar, para já, as medidas referentes à paragem da proliferação de novas armas de destruição.
Nessa matéria, as cerca de 70 pessoas que participaram na assembleia votaram por "parar todos os investimentos públicos em combustíveis fósseis, que neste momento são mais de 3,3 milhões de euros todos os dias, segundo o FMI [Fundo Monetário Internacional]", disse Noah Zino.
"Temos também muitas pessoas contra todos os novos projetos que aumentem emissões, isto é, o novo gasoduto que está previsto, a expansão do terminal de gás fóssil, em Sines, e qualquer novo aeroporto. [Exigem também] o fim às emissões de luxo, ou seja, emissões perfeitamente supérfluas de jatos privados", adiantou.
O porta-voz acrescentou que se exige igualmente que os governos e as empresas digam a verdade, uma vez que, atualmente, "mentem com todos os dentes às pessoas sobre a crise climática".
"Dizem que é uma coisa abstrata, para o futuro, e este sábado há pessoas que estão a morrer. As grandes instituições internacionais e os cientistas têm um consenso perfeito sobre isto e neste momento estão-nos a mentir e estão-nos a mentir sobre quem são os culpados", criticou.
Eric Hannois juntou-se à manifestação porque o "planeta vai quebrar".
"Se ninguém reagir, vamos todos morrer, não é uma brincadeira", disse, criticando que "ninguém se preocupe realmente e tome as decisões certas".
Já uma ativista da Quercus lamentou ter a sensação que as pessoas não estejam a perceber que estão a viver uma crise climática.
"Estamos em dezembro com esta temperatura, não é normal. Tivemos um verão anormalmente quente, temos o ano mais quente de que há história e parece que as pessoas estão a ser indiferentes a isto, estão adormecidas", apontou Silvia Moutinho.
Sublinhou, por isso, que a Quercus está alinhada com a maioria das reivindicações defendidas pela Climáximo e disse que a associação compreende algumas das formas de luta de maior visibilidade.
Durante a manifestação, que decorreu entre a Praça Duque de Saldanha e a Praça dos Restauradores, com paragem apenas na Praça Marquês de Pombal para a realização da assembleia, os manifestantes exibiram várias faixas e gritaram frases como "Gás é morte, morte ao gás", "Os fósseis estão-nos a matar, já não temos tempo para engonhar" ou "Não o clima, mudar o sistema".
Apesar de a manifestação não ter juntado mais de 70 pessoas, teve direito a ser acompanhada por um dispositivo policial numeroso, com várias dezenas de agentes, alguns das equipas de intervenção rápida da Polícia de Segurança Pública, divididos entre os que acompanhavam a pé, os que seguiam de moto ou ainda os que se faziam transportar nas carrinhas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.