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Associação portuguesa garante que Inteligência Artificial não está a substituir pessoas em 'contact centers'

Segundo a secretária da APCC, Ana Gonçalves, a implementação da IA tem sido complementar e não substitutiva.

29 de julho de 2025 às 09:32

A Inteligência Artificial (IA) não tem substituído pessoas no setor dos 'contact centers', estando em causa um modelo híbrido onde a implementação da IA tem sido complementar e não substitutiva, assegurou a Associação Portuguesa de 'contact centers' (APCC).

Em declarações à agência Lusa, a secretária-geral da APCC, Ana Gonçalves, garantiu que "atualmente, não se verifica uma substituição de pessoas pela tecnologia no setor dos 'contact centers'", explicando que a implementação da IA tem sido complementar e não substitutiva.

"A IA tem assumido um papel de apoio aos colaboradores humanos, automatizando tarefas repetitivas e de baixo valor acrescentado, permitindo que os profissionais se concentrem em atividades que exigem empatia, julgamento e pensamento crítico", afirmou a responsável.

Ana Gonçalves explicou que no setor dos centros de contacto, a IA é já uma realidade, pelo que a "perceção dos trabalhadores tende a ser menos marcada pelo medo da substituição e mais orientada para adaptação".

"A evolução tecnológica, especialmente com a introdução da IA, é geralmente encarada como uma extensão natural de ferramentas que há muito tempo contribuem para a eficiência operacional", acrescentou.

A representante da associação refere que "a IA está a transformar de forma decisiva o setor dos 'contact centers', assumindo um papel cada vez mais relevante na modernização, eficiência e personalização do atendimento ao cliente".

A responsável explicou que as ferramentas de IA permitem otimizar as operações, reduzindo os tempos de espera no atendimento, melhorando a capacidade de resposta, ao mesmo tempo que oferecem uma experiência mais conveniente e eficiente.

Numa perspetiva futura, Ana Gonçalves salienta a aposta num modelo híbrido, cada vez mais automatizado e orientado por dados em tempo real, mas onde os agentes humanos mantêm um papel central nas interações complexas e emocionalmente exigentes.

Contudo, esta "perceção positiva depende fortemente da forma como as empresas gerem a transição, com transparência, investimento em formação e uma visão clara do papel que cada pessoa continuará a desempenhar na nova realidade", concluiu.

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