A edição de hoje
Movimento Climáximo relembrou crise climática e riscos ligados ao calor extremo.
Seis ativistas do Climáximo invadiram o campo de golfe de Oeiras e plantaram várias espécies de legumes e árvores, protestando pelo uso de energia e água para fins recreativos, ao inicio da tarde desta quarta-feira.
Em comunicado, o movimento adiantou ter agido "com as próprias mãos" para a construção de "um mundo em função dos interesses e necessidades reais", travando "consumos criminosos e desajustados por parte dos super-ricos".
A ação decorreu no seguimento das conclusões de um estudo que identifica riscos a "níveis críticos" em Portugal e no sul da Europa relacionados com o calor extremo e a seca.
Segundo a porta-voz do Climáximo, Leonor Canadas, a iniciativa serviu para "travar o crime de se continuar a usar recursos energéticos e água para a manutenção de campos de golfe quando em plena crise climática e de protestos de agricultores por falta de água".
O Climáximo lembra ainda que "o aumento dos preços dos alimentos devido aos impactos da crise climática através da seca faz-se sentir de forma clara e compromete o acesso das pessoas a bens alimentares essenciais".
"Estamos no 10.º mês seguido mais quente de sempre, enfrentamos seca de terrenos agrícolas e florestais e o esvaziamento de barragens, rios e charcos, deixando em aflição centenas de agricultores por todo o país, com protestos há menos de uma semana no Algarve", salientou a porta-voz do grupo Leonor Canadas, citada no comunicado.
Ainda nesta quarta-feira, três ativistas do movimento Greve Climática Estudantil foram detidos depois de terem subido ao telhado do Banco de Portugal, em Lisboa, e estendido uma faixa com frases de protesto para exigir o fim dos combustíveis fósseis até 2030.
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