Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, a Europa está a entrar numa "nova fase", com transmissões mais longas, disseminadas e intensas destas doenças.
As alterações climáticas estão a potenciar o aumento na Europa das infeções transmitidas por mosquitos, que encaminham o continente para um "novo normal" e evidenciam a necessidade de uma resposta robusta e coordenada em defesa da saúde pública.
O alerta é do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa), numa altura em que se bateram recordes de infeções pelo Vírus do Nilo Ocidental (VNO) e pelo Chikungunya em território europeu.
"A Europa está a enfrentar épocas de transmissão mais longas e intensas para doenças transmitidas por mosquitos, incluindo o VNO e o Chikungunya. A mudança é provocada por fatores climáticos e ambientais como o aumento das temperaturas, verões mais longos, invernos mais amenos e alterações no padrão das chuvas, condições que combinadas criam um ambiente favorável ao desenvolvimento dos mosquitos e transmissão de vírus", lê-se num comunicado do ECDC esta quarta-feira divulgado.
Para o organismo europeu, a Europa está a entrar numa "nova fase", com transmissões mais longas, disseminadas e intensas destas doenças, que serão o "novo normal".
O ECDC afirma estar a trabalhar com os Estados-Membros da União Europeu para garantir respostas à medida e orientações de saúde pública atempadas para reforçar a resposta europeia.
Segundo o ECDC, o mosquito que pode transmitir o vírus Ckikungunya (Aedes albopictus) está instalado em 16 países europeus e 369 regiões, mais do triplo das 114 regiões de há uma década.
Isto combinado com o aumento crescente das viagens internacionais torna os surtos destes vírus mais prováveis, tendo sido registados este ano 27 surtos de Ckikungunya, um novo recorde no continente europeu.
"Pela primeira vez, uma infeção de origem local pelo vírus Chikungunya foi reportada na região francesa da Alsácia, uma ocorrência excecional a esta latitude, que sublinha a contínua expansão para norte do risco de transmissão.
Ainda segundo o ECDC, a distribuição de casos de VNO na Europa continua a mudar e na última década foram detetadas infeções em regiões novas todos os anos.
Este ano, pela primeira vez, foram registados casos nas regiões de Latina e Frosinone, a sul de Roma, em Itália, tendo o continente europeu registado o maior número de infeções por VNO em três anos.
Dados do ECDC indicam que a 13 de agosto havia registo de 19 mortes e 335 infeções de origem local pelo VNO em oito países europeus.
Itália é o país com maior registo de infeções (274), seguindo-se a Grécia (35), Sérvia (nove), França (sete), Roménia (seis), Hungria (duas), Bulgária (uma) e Espanha (uma).
"O ECDC estima que as infeções continuem a aumentar, sendo expectável que atinjam um pico sazonal em agosto ou setembro", lê-se na nota do organismo de saúde, que alerta que com a disseminação dos vírus será cada vez maior o número de pessoas em risco na Europa.
Residentes e visitantes em áreas onde existam estes vírus devem adotar medidas individuais de proteção, como o uso de repelentes, usar mangas compridas e calças, sobretudo ao início e fim do dia, e redes mosquiteiras nas janelas e nas camas, recomenda o ECDC, sobretudo para pessoas idosas, crianças ou com o sistema imunitário enfraquecido.
A nota do organismo europeu refere ainda que foram desenvolvidas novas vacinas para o vírus Chikungunya, mas ainda não existe uma vacina de uso humano para o VNO.
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