Inês de Medeiros criticou também o Governo por ter abandonado o plano delineado pela anterior direção executiva do Serviço Nacional de Saúde liderada por Fernando Araújo.
A presidente da Câmara de Almada manifestou-se esta segunda-feira preocupada com o encerramento das urgências de obstetrícia no Hospital Garcia de Orta e defendeu que o Governo deve assumir "que isto não está a correr bem".
O Ministério da Saúde anunciou no sábado o encerramento inesperado da urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Garcia de Orta devido à falta de médicos para assegurar as escalas, obrigando à deslocação das utentes para unidades de Lisboa por inexistência de resposta na Península de Setúbal.
"Este fim de semana, sem que nada o fizesse prever e à última hora, os médicos prestadores de serviços que asseguram regularmente que as populações da Península de Setúbal têm o serviço que lhes é devido, manifestaram a sua indisponibilidade", esclareceu o Governo em comunicado.
Questionada pela agência Lusa, a autarca de Almada, no distrito de Setúbal, manifestou preocupação e criticou o Governo por ter abandonado o plano delineado pela anterior direção executiva do Serviço Nacional de Saúde liderada por Fernando Araújo.
"É óbvio que nós vemos esta situação com cada vez maior preocupação porque, ao contrário do que tem sido forçadamente anunciado, não há nenhum plano que, na realidade, esteja a funcionar", disse Inês de Medeiros (PS).
Inês de Medeiros defendeu que na altura de Fernando Araújo havia um plano que estava a ser pensado, com mais previsibilidade e indicação diária dos serviços que estavam abertos ou fechados, e com abertura de vagas sucessivas de profissionais de saúde, sobretudo para os serviços mais necessitados, como é o caso da obstetrícia e ginecologia.
"Para já, a única coisa que nós vimos foi o pôr em causa tudo o que tinha sido pensado sem a alternativa fiável", sustentou, adiantando que "neste momento era mesmo necessário assumir que isto não só não está a correr bem, como está a correr pior".
Inês de Medeiros defendeu ainda que estas questões na área da saúde devem ser pensadas ao nível da Península de Setúbal e da Área Metropolitana de Lisboa e não apenas caso a caso, município a município.
"É bom não esquecer que o Garcia de Orta aqui em Almada é o maior hospital de todo o sul do país e, portanto, serve não apenas a Almada e Seixal como todos os municípios até para lá de Setúbal", disse.
Entretanto, e depois do encerramento inesperado no sábado e condicionamento do serviço no domingo, as urgências de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Garcia de Orta reabriram hoje às utentes.
Segundo o portal do SNS, o serviço de urgência reabriu às 08h30, informação confirmada à agência Lusa por uma fonte oficial da Unidade Local de Saúde Almada Seixal.
Durante o dia de domingo e até às 08h30 desta segunda-feira e, as urgências de Obstetrícia e Ginecologia apenas receberam os casos encaminhados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
De acordo com as escalas publicadas no portal do SNS, não se prevê, até domingo, o encerramento do serviço do Hospital Garcia de Orta.
Esta segunda-feira estão encerradas, na Península de Setúbal, as urgências destas especialidades no Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, e no Hospital São Bernardo, em Setúbal.
O Hospital Garcia de Orta, que iniciou a sua atividade em setembro de 1991, pertence à Unidade Local de Saúde Almada-Seixal e, segundo informação oficial, serve atualmente uma população estimada em cerca de 350 mil habitantes dos concelhos de Almada e Seixal.
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