"Neste momento, não existe uma disseminação" da covid-19 "na comunidade que viabilize pensarmos nisso, em termos de curto prazo", argumentou José Calixto.
O presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz (Évora) afastou hoje a hipótese de, a "curto prazo", ser necessário um cerco sanitário no concelho, devido à covid-19, porque "não existe disseminação na comunidade que viabilize" a medida.
"Neste momento, não existe uma disseminação" da covid-19 "na comunidade que viabilize pensarmos nisso, em termos de curto prazo", argumentou à agência Lusa o autarca José Calixto.
Embora a adoção dessa medida seja "sempre uma possibilidade", presentemente, "face ao número de casos na comunidade que conhecemos, que são três, não é uma medida adequada à situação epidemiológica" do concelho, sublinhou.
"O cerco sanitário implica com a vida de muita gente, de todas as pessoas do concelho e de fora dele e, portanto, acho que não é o momento do alarmismo para essa situação", afiançou. Como a câmara está "a promover testes em massa e a pedir à Autoridade de Saúde que os faça", podendo estes ser "positivos ou negativos", José Calixto admite a medida, caso a situação se agrave: "Se começarem a sair testes positivos, com certeza que temos que evoluir nessa forma de pensar".
O presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz falava à Lusa a propósito do surto da doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 que foi detetado, na quinta-feira, no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), quando foi registado o primeiro caso positivo, o de uma utente que está internada no hospital em Évora. "
Nós temos apenas três utentes no hospital", disse hoje o autarca, explicando que a primeira idosa internada "está estabilizada, tranquila" e não está ventilada, mas necessita de "apoio de oxigénio e de cuidados diferenciados". No Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), entretanto, estão também internadas mais duas utentes da mesma instituição, que tinham "alguns sintomas" e que suscitam "um nível de preocupação menor", encontrando-se "estáveis", indicou. No mesmo dia em que foi detetado o primeiro caso positivo de covid-19 na FMIVPS foram iniciados os testes a todos os 105 funcionários e 83 utentes da instituição. O autarca revelou hoje que, "neste momento, o balanço é de 17 trabalhadoras e de 46 utentes" infetados com covid-19.
Numa conferência de imprensa no sábado de manhã, em Évora, Augusto Santana de Brito, da Autoridade Local de Saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Alentejo Central, admitiu que o surto de covid-19 já poderia estar instalado na comunidade de Reguengos de Monsaraz. O presidente da câmara explicou hoje que "algumas centenas" de testes de despistagem da doença têm sido realizados à população nos últimos dias.
"É um processo que irá continuar nos próximos dias e depende" do número "de positivos que possam, em cada momento, ser registados. Neste momento, temos conhecimento de três casos positivos", explicou, referindo não conhecer ainda os resultados dos testes feitos desde domingo. Além disso, segundo o autarca, os testes não estão apenas a ser efetuados pela Autoridade de Saúde, pois há quem os possa estar a fazer através de seguros de saúde privados ou em laboratórios privados.
"É um conjunto de fatores e faz com que, neste momento, eu acredite que já tenham sido feitos entre duas e três centenas de testes, no mínimo", admitiu. O autarca explicou ainda que os serviços do município, as escolas, creches e jardins-de-infância locais, as atividades de apoio à família e "alguns estabelecimentos comerciais" situados nas imediações do lar afetado já estão hoje encerrados.
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