A edição de hoje
Situação inédita em Faro, numa década.
A Câmara de Faro encerrou o ano de 2015 sem qualquer dívida a fornecedores ou pagamentos em atraso, situação que não aconteceu na última década.
De acordo com Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, este resultado "dá credibilidade" e permite à autarquia uma situação "muito confortável" junto dos seus parceiros. "Hoje, a Câmara de Faro é vista com outros olhos por parte de fornecedores, associações e entidades bancárias, e isso reflete- -se até nos preços e cumprimento dos prazos de execução", aponta o autarca.
"Há obras cujo preço-base que apresentávamos a concurso diminuiu até cerca de 40 por cento, porque as empresas sabem que não precisam de recorrer a empréstimos para poder concluir as empreitadas", exemplifica Rogério Bacalhau.
Ao longo de 2015, a Câmara de Faro também conseguiu reduzir a dívida total do município para cerca de 43 milhões de euros - o valor mais baixo dos últimos 10 anos. No final de 2014, a autarquia devia mais de 52 milhões de euros e, em 2010, registava 72 milhões de euros de dívida total.
Também a taxa de execução orçamental por parte do município foi historicamente elevada: do lado da despesa, a autarquia pagou mais de 34 milhões de euros (o que corresponde a uma taxa de execução de 85 por cento). Em 2010, a taxa de execução da autarquia ficou-se pelos 33 por cento.
Já no que diz respeito à receita, o município atingiu os 40 milhões de euros no ano passado, no que equivale a uma taxa de execução orçamental de 98,80 por cento. Em 2014 e 2010, a Câmara de Faro tinha registado respetivamente apenas 88,19 e 34,33 por cento de execução de receitas. Resultados que o autarca Rogério Bacalhau atribui a um orçamento elaborado de forma "real e transparente".
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