Falta de recursos humanos aliada a falta de condições materiais e logísticas é uma "combinação explosiva".
O bastonário dos farmacêuticos disse esta quarta-feira compreender "totalmente" os pedidos de escusa de responsabilidades feitos por estes profissionais em dois hospitais do Norte e teme que a situação se repita em outras instituições do país, pedindo uma "rápida intervenção".
"Vejo isto com muita preocupação, é o sintoma de uma situação grave. Aliás, é a primeira vez na história da Ordem dos Farmacêuticos que temos farmacêuticos a utilizarem este instrumento que apenas é utilizado, como se compreende, em último caso", afirmou à Lusa Hélder Mota Filipe.
Estas declarações surgem depois dos farmacêuticos hospitalares do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto terem pedido esta quarta-feira escusa de responsabilidades por considerarem não terem condições para garantir a segurança dos cuidados farmacêuticos prestados por "insuficiência de recursos humanos".
Este é o segundo caso a Norte, depois de no início de junho mais de duas dezenas de farmacêuticos preocupados com a "falta de recursos" e com "qualidade e a segurança dos cuidados" prestados no Hospital de Santo António, no Porto, terem feito o mesmo pedido.
Para o bastonário, os farmacêuticos hospitalares ao assinarem uma declaração destas estão a dar "um grito de alerta".
A falta de recursos humanos aliada à da falta de condições materiais e logísticas é uma "combinação explosiva" que já está identificada "há bastante tempo" nos serviços farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), salientou.
Contudo, acrescentou, não têm sido tomadas medidas significativas para resolver a situação e, com o passar do tempo, a mesma agudiza-se.
Aliás, estes pedidos de escusa servem exatamente para mostrar que a situação "não é pontual".
"A grande preocupação é que temos profissionais sem condições para trabalhar, desmotivados e temos doentes que precisam de ter os cuidados farmacêuticos com a maior segurança e qualidade possível", vincou.
Hélder Mota Filipe ressalvou que apesar da intervenção dos farmacêuticos hospitalares não ser visível, eles são "cruciais" para o bom funcionamento dos hospitais.
E, desta forma, o bastonário teme que outros farmacêuticos de outros hospitais do país tomem a mesma decisão por entenderem, igualmente, não estarem em condições de cumprir com aquilo que é o direito dos doentes.
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