Carlos Cortes afirmou que é "preciso liderança, é preciso haver organização, coordenação, que não se compadece com esta situação".
O bastonário da Ordem dos Médicos disse esta quarta-feira que já pediu para rapidamente ser encontrada uma solução para acabar com o vazio deixado pela demissão do conselho de administração da Unidade Local de Saúde Viseu Dão-Lafões (ULSVDL).
"Neste momento há um vazio, há um conselho de administração demissionário e eu já pedi à direção executiva do SNS para rapidamente encontrar uma solução para não estarmos aqui a manter este período de vazio", afirmou Carlos Cortes.
O bastonário falava aos jornalistas ao final da manhã desta quarta-feira, em Viseu, depois de se ter reunido com o conselho de administração demissionário e os diretores dos serviços da ULSVDL, e ainda os coordenadores das unidades de cuidados de saúde primários.
"É preciso liderança, é preciso haver organização, coordenação, que não se compadece com esta situação que, neste momento, é de uma enorme confusão", acrescentou.
O conselho de administração da ULSVDL enviou no dia 13 de junho o pedido de demissão à ministra da Saúde, por entender "já não reunir as condições para continuar a exercer o seu mandato", um dia depois da Ana Paula Martins ter dito na Assembleia da República que as lideranças em saúde são fracas.
"Face à falta de confiança manifestada no nosso desempenho enquanto líderes e gestores, vimos apresentar a vossa excelência o nosso pedido de demissão", escreveu a administração na missiva dirigida a Ana Paula Martins.
"Não vou comentar as palavras da senhora ministra, mas o que posso dizer é que encontrei no hospital dois aspetos que são importantes: uma grande falta de recursos humanos em todos os serviços, mas uma dedicação e um empenho dos profissionais que permite que muitas destas dificuldades estejam a ser ultrapassadas", afirmou Carlos Cortes.
Após as reuniões, o bastonário fez questão de deixar um "elogio muito forte" aos profissionais da ULS Viseu Dão-Lafões que "têm aguentado, apesar destas dificuldades, têm aguentado talvez como muitos outros hospitais não aguentam no país".
Neste sentido, apresentou uma lista de aspetos positivos na ULS Viseu Dão Lafões como, entre outras, "a ginecologia e obstetrícia que não tem falhas", "não há lista de espera para doentes oncológicos" e a medicina interna "com muita dificuldade, mas está a aguentar".
"Quero deixar uma mensagem de confiança, uma mensagem de tranquilidade, em que a ULS Viseu Dão Lafões está capacitada para dar uma resposta adequada a toda a população, mas há aqui também a necessidade de todos se juntarem para conseguir atrair mais profissionais, nomeadamente na área da pediatria", apelou.
O serviço de urgência pediatria está encerrada ao exterior desde o dia 1 de junho, todas as noites da semana, ou seja, entre as 20:00 e as 08:00, por falta de médicos, como justificou a administração hospitalar agora demissionária.
"Estão a existir esforços em todos os serviços para que as escalas estejam completas e possam ter sempre o serviço de urgência de porta aberta", destacou.
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