Gestor adiantou que o banco decidiu não fazer uma adesão voluntária aos programas de rescisões, mas escolher quem quer que saia.
O presidente do BCP disse esta segunda-feira que deverão sair do banco mais de 800 trabalhadores, abaixo da meta inicial de 1.000, mas que depende dos funcionários que aceitarem rescindir e mantém a possibilidade de recurso ao despedimento coletivo.
Questionado na apresentação de resultados do primeiro semestre (lucros de 12,3 milhões de euros) se o objetivo do banco é a saída de 1.000 trabalhadores, Miguel Maya disse que esse era o objetivo inicial mas que, "depois de ouvidos a Comissão de Trabalhadores e os sindicatos, o objetivo central anda na ordem de 800 trabalhadores", "mais próximos dos 800 do que dos 900".
Contudo, afirmou, é esse "número se saírem as pessoas que têm de sair".
O gestor adiantou que o banco decidiu não fazer uma adesão voluntária aos programas de rescisões, mas escolher quem quer que saia, pois "não é indiferente de onde se retiram as pessoas".
E acrescentou que o plano é para cumprir "na sua totalidade este ano", que o banco não está disponível para atrasar o processo.
Questionado sobre se poderá recuar na intenção de despedimento coletivo, como pedem as estruturas representativas dos trabalhadores, Maya afirmou que o BCP tem definidas as pessoas que quer que saiam e que, se tal não acontecer, "podem exigir medidas unilaterais", ou seja, despedimentos.
Segundo o gestor, isso não é pressão, mas falar "com transparência e verdade". "Gostaríamos de evitar, infelizmente nem sempre é possível", acrescentou.
Sobre a disponibibilidade do BCP para permitir reformas antecipadas a partir dos 55 anos (o banco propõe reformas antecipadas apenas para quem tenha 57 anos ou mais, com o objetivo de fazer poupanças, segundo as estruturas dos trabalhadores), Miguel Maya não respondeu, referindo que apenas fala desse assunto com os representantes dos trabalhadores.
No dia 13 de julho, os sete sindicatos do setor bancário promoveram uma manifestação em frente à Assembleia da República, contra os despedimentos, deixando em cima da mesa a realização de uma greve nacional.
Na semana passada, a UGT enviou uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, em que disse suspeitar de cartelização entre os grandes bancos para uma redução de postos de trabalho no setor.
Esta segunda-feira, Miguel Maya negou e disse que o que se passa é que cada banco avalia as mudanças na indústria e toma medidas.
"Seguindo essa linha de pensamento, estaríamos concertados com bancos espanhóis, italianos... Há é uma clara compreensão dos desafios pela frente", afirmou.
Ainda na apresentação de resultados, o presidente executivo do BCP disse que o plano de reestruturação tem um custo de cerca de 90 milhões de euros este ano, mas levará de futuro a poupanças anuais de 35 milhões de euros.
O BCP apresentou esta segunda-feira lucros de 12,3 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, menos 84% do que no mesmo período de 2020. As contas incluem gastos de 87,2 milhões de euros para custos de reestruturação em Portugal.
Houve ainda o reforço de 214,2 milhões de euros nas provisões para perdas relacionadas com créditos em francos suíços concedidos na operação do BCP na Polónia.
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