A primeira congregação de cardeais, preparatória do conclave que vai eleger o sucessor de Bento XVI, começou na Aula Nova do Sínodo, no Vaticano, pouco depois das 09h30 locais (08h30 em Lisboa).
A estes encontros, durante os quais será marcada a data do conclave, assistem 150 cardeais, dos 207 que integram o Colégio cardinalício, esperando-se que os restantes cheguem entre esta segunda e quarta-feira.
Os "media" italianos apontaram para 11 de março como data de início do conclave, mas o presidente do colégio de cardeais, Angelo Sodano, afirmou que a data só será fixado depois de todos os "cardeais eleitores" chegarem a Roma.
Outro objetivo destas congregações é identificar, entre os cardeais, os candidatos a líder de 1,2 mil milhões de católicos.
"Vamos demorar o tempo que for preciso para pensar em que tipo de papa a Igreja precisa agora", disse o cardeal francês Andre Vingt-Trois.
"Gostaria de ter um poliglota, um homem de fé, um homem de diálogo... O novo papa terá seguramente de se confrontrar com os problemas existentes na Cúria" romana, o governo da Igreja Católica, acrescentou.
O pontificado de oito anos de Bento XVI foi frequente dominado pelas intrigas do Vaticano e os escândalos de pedofilia na Europa e América do Norte, ocultados durante décadas por responsáveis da Igreja.
Um total de 115 cardeais eleitores - com menos de 80 anos de idade - deverá participar no conclave.
O Vaticano afirmou já esperar que um novo papa seja eleito antes da Páscoa, a data mais importante no calendário cristão, que este ano se celebra a 31 de março.
Os líderes da Igreja estão preocupados com questões como o celibato, homossexualidade, divórcio, contraceção, além do diálogo inter-religioso, ou os esforços desenvolvidos por Bento XVI para reavivar a fé na sociedade atual.
"Os temas dominantes que se apresentam, agora, à Igreja são as questões inter-religiosas, a pobreza e a crise que vemos na Europa e que se vai alargar", acrescentou Vingt-Trois.
De acordo com observadores do Vaticano, entre os principais candidatos contam-se o cardeal italiano Angelo Scola, um grande promotor do diálogo inter-religioso, e o austríaco Christoph Schoenborn, antigo aluno de Bento XVI com ideias progressistas.
Os cardeais norte-americanos Sean O'Malley, que pôs fim aos abusos sexuais na arquidiocese de Boston, e Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque, também são possíveis candidatos.
O cardeal canadiano Marc Ouellet, um conservador, está bem cotado.
Da América Latina, região com o maior número de católicos no mundo, o cardeal brasileiro e arcebispo de São Paulo Odilo Scherer é visto como um favorito.
De África, apontam-se como possíveis candidatos são Peter Turkson do Gana, Robert Sarah da República da Guiné e o arcebispo de Duran, na África do Sul, Wilfrid Napier.
Da Ásia, o candidato mais falado é o arcebispo de Manila Luis Antonio Tagle, de 55 anos, um teólogo e pastor muito popular.
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