A edição de hoje
O Centro de Saúde de Tavira recusou dar cinco injecções, em dias consecutivos, a um reformado por invalidez, por este estar inscrito na unidade de saúde de Alcoutim. Foi aconselhado a recorrer ao seu médico de família, em Alcoutim, a cerca de 50 quilómetros de distância da sua actual residência, em Tavira.
José Eduardo Cavaco Paulino, de 48 anos, tem a sua residência em Alcoutim, mas uma depressão trouxe-o para a casa de um familiar, perto de Tavira, onde está agora a morar.
"Fui a um médico particular que me receitou cinco injecções diárias. Para meu espanto, a funcionária administrativa do Centro de Saúde de Tavira recusou o meu pedido, invocando que não estava lá inscrito", explica o bancário reformado.
"Nada demoveu a funcionária, nem quando lhe pedi o livro de reclamações, que demorou cerca de uma hora a facultar--me", explica José Paulino, que pergunta o que aconteceria "se fosse passar uns dias a um lado qualquer, mais longe, e tivesse de levar as injecções?" Acabou por ir a uma clínica privada, onde pagou 4 euros para receber o tratamento.
A ARS/Algarve, apesar de vários contactos efectuados, não respondeu ao pedido para comentar o caso.
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