Trabalhadores clamam aumentos salariais, melhores condições de trabalho e fim da precariedade.
Cerca de 100 trabalhadores manifestaram-se esta sexta-feira à porta da empresa de componentes automóveis Preh Portugal, na Trofa, em dia de greve, clamando por aumentos salariais, melhores condições de trabalho e fim da precariedade.
"Esta empresa sempre teve este condão de exploração dos trabalhadores. Prática de baixos salários, uso e abuso do banco de horas" e "a questão do sábado", em que "os trabalhadores, de quinze em quinze dias, têm de vir dar cinco horas ao sábado", disse à Lusa Miguel Ângelo, coordenador do sindicato SITE - Norte.
Em causa estará, alegadamente, segundo o sindicalista, um acordo e uma decisão do tribunal em que as pausas não são consideradas tempo de trabalho, e segundo a deliberação cujos contornos que o sindicato afirma desconhecer, os trabalhadores têm de trabalhar ao sábado.
"Não ganham nada, têm que vir trabalhar cinco horas ao sábado" para "compensar as meias horas, durante duas semanas, de hora do almoço", disse Miguel Ângelo, classificando tal como "escandaloso, hoje em dia".
A greve desta sexta-feira foi feita com recurso a paralisações de duas horas por turnos, e contou com a presença do secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira.
Miguel Ângelo disse ainda que há "muitos trabalhadores jovens, muitos temporários" que, quando são admitidos, "já traz lá no contrato o trabalho ao sábado".
"Nós já dissemos isso à empresa, até porque temos dados que comprovam que, em termos de produtividade, não lhes traz benefícios", argumentou o sindicalista.
Miguel Ângelo contestou ainda que a empresa remeta a negociações dos cadernos reivindicativos dos trabalhadores para a associação patronal, e alertou para a precariedade.
"Esta empresa usa e abusa da precariedade. Trabalhadores temporários com várias nacionalidades. Contrata 200 quando tem picos de produção, e passados seis meses é capaz de os mandar embora. Passado um mês, vai buscá-los outra vez", acusou.
O sindicalista diz ainda que sempre que há casos que vão a tribunal, os trabalhadores ganham "quase todos".
O responsável do SITE-Norte abre ainda a porta a "um bom caminho" de negociação, caso a empresa estivesse disposta a negociar as condições do trabalho ao sábado.
"Estamos a falar de trabalhadores que estão a ganhar pouco acima do salário mínimo numa multinacional. Esta questão dos baixos salários numa indústria que dá milhares de lucros... Acho que a Preh podia dividir melhor os valores", afirmou.
A Lusa contactou a Preh Portugal e aguarda resposta.
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