USF tipo B são constituídas por equipas de médicos, enfermeiros e secretários clínicos, que contratualizam os cuidados prestar a uma determinada população.
Cerca de 300 mil utentes podem passar a ter uma equipa de saúde familiar se forem aprovadas as candidaturas apresentadas para novas unidades modelo B, adiantou este sábado a associação que representa esses profissionais.
"Se todas [as candidaturas] se concretizarem, são mais 300 mil utentes com equipa de saúde familiar numa unidade de saúde familiar (USF) modelo B", referiu a associação USF-AN, na véspera de se assinalar os 20 anos da resolução do Conselho de Ministros que reformou os cuidados de saúde primários.
As USF tipo B são constituídas por equipas de médicos, enfermeiros e secretários clínicos, que contratualizam os cuidados prestar a uma determinada população, que fica assim com acesso a médico e enfermeiro de família, no âmbito de um modelo que prevê incentivos a pagar mediante a produtividade.
Segundo a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), "nunca houve tantas USF" no país, num total de 695, e "tantas pessoas inscritas" nestas unidades - cerca de 7,9 milhões de utentes -, assim como profissionais a trabalhar neste modelo de cuidados de saúde primários.
Os dados da USF-AN indicam que integram as USF 4.814 médicos de família, quando eram 4.027 em 2022, 4.592 enfermeiros de família (4.029 em 2022) e 3.441 secretários clínicos (2.956 em 2022).
"Esta situação pode ainda melhorar este ano e saudamos o esforço que a Direção Executiva do SNS e as Unidades Locais de Saúde (ULS) estão a fazer para que as 37 candidaturas atualmente ativas sejam rapidamente transformadas em USF", salientou a associação que representa os profissionais que integram essas unidades.
Apesar desta evolução positiva, "subsistem dificuldades" no acompanhamento das equipas, no recrutamento de profissionais, na sua fixação e na sua mobilidade, na progressão na carreira, na prevenção do `burnout´ profissional e na conciliação da vida profissional", alertou a USF-AN.
Estas dificuldades "são controláveis com as medidas certas", defendeu a associação, para quem a substituição de profissionais em caso de ausências prolongadas, a falta de progressão na carreira, o sistema de avaliação de desempenho, a abertura de concursos para enfermeiros especialistas na categoria correspondente, a inexistência de uma carreira de secretariado clínico e as baixas remunerações são "fatores de resolução à distância de um decreto ou de uma orientação".
No comunicado, a USF-AN salientou ainda que a resolução de 2005 do Governo sobre os cuidados de saúde primários, que criou as USF, foi uma das "mais bem-sucedidas reformas dos serviços públicos das últimas décadas".
Portugal ficou com cuidados de saúde primários que "são alvo da atenção internacional pela sua singularidade e pelos resultados que conseguem alcançar", realçou a associação, ao sublinhar que a reforma de 2005 permitiu conjugar a descentralização de poder, a auto-organização e a responsabilização face aos resultados.
"As USF demonstraram resiliência ao longo de diferentes governos e contextos de crise, mantendo-se sempre na linha da frente, como na pandemia, em que mais de 90% dos utentes foram nelas seguidos. Portugal precisa de serviços públicos como este, que sabem funcionar em todo o tipo de condições, ao serviço da população", alegou a USF-AN.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.