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Classes baixas fora dos cursos de topo do Ensino Superior

73 por cento dos alunos de Medicina tem pais com formação superior.

27 de junho de 2019 às 08:25

Os alunos de classes desfavorecidas têm muitas dificuldades em chegar a cursos como Medicina, Direito ou engenharias, revela um estudo do EDULOG, da Fundação Belmiro de Azevedo.

O estudo analisou a percentagem de alunos do superior com bolsa de ação social, bem como a formação dos pais. Nos curso de Medicina, por exemplo, só 15% tem bolsa e 73% dos pais têm formação superior.

Já em enfermagem, 40% dos estudantes recebe apoios do Estado.

"O número de vagas é restrito e por isso acontece o mesmo que na economia, quanto mais escasso é um bem, mais difícil é aceder ao mesmo. Uns têm capital para lá chegar e outros não.

O capital económico e cultural das famílias é decisivo", disse ao CM Alberto Amaral, coordenador do EDULOG, um grupo de pensamento e reflexão.

Os dados revelam assim que o ensino superior público cumpre com dificuldade a missão de permitir a mobilidade social das classes mais desfavorecidas.

Esta quarta-feira, prosseguiu a primeira fase dos exames nacionais, com 42 324 alunos a realizarem a prova de Biologia e Geologia, decisiva para entrar em Medicina.

"O exame era muito acessível, mas a matéria de Geologia custou-me um bocado a fazer", disse ao CM Eduardo Pereira, da Escola José Gomes Ferreira, em Lisboa.

A 1ª fase termina esta quinta-feira e inclui a prova de Matemática do 9º ano. (mais pág. 47).

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