Negociações entre o Ministério da Educação e sindicatos são reatadas entre esta quarta e quinta-feira.
As negociações entre o Ministério da Educação e sindicatos são reatadas entre esta quarta e quinta-feira, centradas num novo modelo de recrutamento e colocação de docentes.
As negociações começam uma semana após o arranque de mais um ano letivo marcado pela falta de professores nas escolas, que se traduziu em cerca de 60 mil alunos a iniciar as aulas sem todos os docentes atribuídos.
Eis algumas perguntas e respostas sobre as negociações do modelo de recrutamento e colocação de professores:
Como funciona atualmente o modelo de recrutamento e colocação de professores?
Existem concursos internos e externos, sendo os primeiros para os professores dos quadros que querem mudar de escola e os segundos para todos os docentes com qualificação profissional para a docência.
Os concursos internos realizam-se de quatro em quatro anos enquanto os concursos externos são anuais.
Para responder às "necessidades temporárias" das escolas, existem ainda os processos de contratação de escola, contratação inicial, mobilidade interna e reserva de recrutamento.
Os concursos são nacionais e os docentes são selecionados tendo em conta a sua graduação profissional.
Que mudanças pretende fazer o Ministério da Educação?
O Ministério quer dar autonomia aos diretores para que possam selecionar parte dos professores, tendo em conta o perfil dos docentes e os projetos educativos da escola.
Os concursos nacionais de professores não desaparecem, mas as escolas podem escolher parte da equipa de acordo com critérios locais.
O Ministério quer também reduzir a dimensão dos Quadros de Zona Pedagógica (QZP) e que haja mais docentes vinculados a Quadros de Escola em vez de QZP.
Além disso, a tutela pretende que as vinculações sejam mais rápidas. Todos os anos, os sindicatos denunciam casos de professores que só se vincularam depois de mais de duas décadas de serviço.
O que significa reduzir a dimensão dos Quadros de Zona Pedagógica?
O país está dividido em dez zonas, que são os dez Quadros de Zona Pedagógica (QZP). Por exemplo, um professor do QZP 10, no Algarve, pode, num ano, estar a dar aulas em Lagos e, no seguinte, em Vila Real de Santo António.
Os professores começam por ser integrados em QZP, o que significa que uma zona do país pode ter os docentes necessários para responder às necessidades mas não estarem colocados nas escolas onde são necessários.
O Ministério quer reduzir a dimensão dos Quadros de Zona Pedagógica, aproximando os professores das escolas. Além disso, pretende que os professores estejam vinculados aos Quadros de Escola em vez dos QZP.
Para a tutela, estas mudanças iriam reduzir os casos de professores que andam com "a casa às costas".
O que defendem os sindicatos?
A revisão do modelo de recrutamento e colocação de professores é uma das principais reivindicações das estruturas sindicais nos últimos anos. Para os sindicatos, o atual regime é um fator de instabilidade e a revisão que resultar das negociações deve assegurar que as escolas conseguem satisfazer as suas necessidades.
Isso implica, por exemplo, a vinculação de mais professores em número semelhante ao dos professores contratados no início de cada ano letivo para horários anuais e completos e que, para os sindicatos, correspondem às necessidades permanentes dos estabelecimentos de ensino.
A integração deve ser, de preferência, nos quadros de escola, sendo que, à semelhança do Ministério da Educação, também os representantes dos professores defendem o aumento do número de QZP e a redução da sua dimensão.
Quanto aos concursos, os sindicatos já se manifestaram contra a possibilidade de as escolas contratarem diretamente tendo em conta o perfil dos docentes e os projetos educativos.
Em vez disso, defendem que se mantenham os concursos nacionais e a seriação dos professores por graduação profissional.
Recentemente, e na sequência da alteração dos requisitos das habilitações próprias para o ano letivo 2022-2023, os sindicatos defenderam também que as escolas deixem de poder contratar professores sem habilitação profissional, que atualmente implicam um mestrado em ensino.
Qual a importância de alterar as regras de recrutamento e colocação de professores?
Tutela e sindicatos entendem que o modelo de recrutamento e colocação de professores é um dos caminhos para se conseguir uma profissão com maior estabilidade e segurança, tornando-a mais atrativa.
Atualmente, os professores são uma classe envelhecida, prevendo-se que metade dos atuais docentes esteja reformada até 2030, sendo por isso atrair jovens para a profissão.
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