Nos esquemas mais reportados destacam-se 'sites' de investimento que parecem reais, mas são falsos, com as vítimas a serem induzidas a introduzir dados bancários.
A DECO PROteste juntou-se à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para lançar um plano conjunto de prevenção de fraudes financeiras 'online', cruzando as queixas que tem recebido com as informações recolhidas junto do regulador, foi esta segunda-feira anunciado.
"Para evitar a perda das poupanças de uma vida, a DECO PROteste e a CMVM apelam aos consumidores para que consultem o 'site' e revistas da DECO PROteste e o Portal do Investidor da CMVM, antes de fazerem qualquer investimento, e reforçam que a prevenção é a melhor defesa", lê-se num comunicado hoje divulgado.
As duas entidades recomendam, ainda, aos consumidores que estejam especialmente atentos ao conteúdo que circula nas redes sociais -- sejam mensagens ou anúncios enganosos -- que recorre a logótipos e nomes de bancos e empresas conhecidas para legitimar "investimentos seguros e lucrativos" ou "oportunidades de investimento únicas", recolhendo dados bancários das vítimas e levando-as a transferir dinheiro que dificilmente irão reaver.
"Reforçar a literacia financeira é o foco desta parceria com a DECO PROteste. Um consumidor informado e com espírito crítico, que desconfie quando alguma oferta lhe parece demasiado boa, é um passo fundamental para evitar que estas burlas se propaguem", sublinha Maria João Teixeira, diretora do Departamento de Supervisão Comportamental e do Investidor, da CMVM, citada no comunicado.
A DECO PROteste e a CMVM aconselham os consumidores vítimas de burla a, em primeiro lugar, reunirem toda a informação sobre o caso -- transferências, 'e-mails', 'printscreens', mensagens, qualquer elemento que possa ser uma prova.
De seguida, podem recorrer à DECO PROteste, nomeadamente através da plataforma Reclamar, e contactar a CMVM, que analisará a situação para aferir se esta se enquadra na sua esfera de competências ou se, tratando-se de um crime, remeterá a informação apresentada às autoridades competentes.
A Deco sublinha que "o uso intensivo de plataformas digitais e redes sociais, muitas vezes em consumo rápido e distraído, aumenta a probabilidade de se 'clicar' em 'links' maliciosos ou acreditar em conteúdos falsificados" e considera que "a inteligência artificial generativa veio agravar o fenómeno, através da criação de 'deepfakes' -- vídeos falsificados -- de figuras públicas a aconselhar investimentos".
"Em pequenos ecrãs de 'smartphone', as falhas dessas manipulações tornam-se menos visíveis, e idosos e jovens surgem como dois dos grupos mais vulneráveis", adianta.
Nuno Pais de Figueiredo, porta-voz da DECO PROteste, citado no comunicado, defende que "ninguém está livre de cair numa destas burlas".
"O nosso papel passa por garantir que os consumidores estão informados, para que, apesar da tendência de crescimento, o número de vítimas diminua", adianta.
A Deco refere ainda que entre os esquemas mais reportados destacam-se 'sites' de investimento que parecem reais, mas são falsos, com as vítimas a serem induzidas a introduzir dados bancários e transferir dinheiro e a perderem o acesso a essas plataformas de investimento quando pretendem levantar esse dinheiro.
Destacam-se igualmente 'apps' de investimento falsas -- que não estão em lojas oficiais como a Google Play e a App Store -- e que, à semelhança dos sites, levam os investidores a transferir dinheiro, para, dias depois, a sua conta ser bloqueada, bem como os esquemas em pirâmide, nos quais uma plataforma de investimentos que promete ganhos avultados leva a que as vítimas não só invistam, mas convidem os que lhes estão próximos a investir numa plataforma fraudulenta.
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