Parte de uma muralha e vestígios de um cemitério dos séculos XIII ou XIV foram descobertos durante o acompanhamento das obras de requalificação.
Parte de uma muralha e vestígios de um cemitério dos séculos XIII ou XIV foram descobertos durante o acompanhamento das obras de requalificação urbana na envolvente da Igreja do Castelo, na Lourinhã, disse hoje o arqueólogo responsável.
"Encontrámos diversos enterramentos, uma sepultura, diversos ossários e a inumação de um gato em contexto de uma necrópole associada ao cemitério medieval que existiria na envolvente da igreja", afirmou Gerardo Gonçalves à agência Lusa.
Moedas aí encontradas levam os arqueólogos a afirmar que os enterramentos remontam aos séculos XIII ou XIV.
Foi também escavada uma estrutura muralhada, "uma espécie de torre ou torreão, isto é, uma espécie de estrutura defensiva que serviria como ponto de vigia" de um possível castelo que aí existiria, explicou o arqueólogo, acrescentando que "as suas argamassas apontam para os séculos XIII ou XIV".
Esse castelo seria anterior à atual Igreja do Castelo, que data do século XIV, mas que preserva apenas desse período a capela-mor e inscrições nos portais, uma vez que toda a nave da igreja foi reconstruída nos anos 30 do século XX.
Segundo o arqueólogo, "quando se constrói a igreja no século XIV já estaria destruído esse castelo", que seria uma "estrutura defensiva implantada na altura da Reconquista", nos séculos XII e XIII.
Durante o acompanhamento das obras de requalificação, foi ainda encontrado um silo de retenção de cereais, localizado na zona intramuros desse castelo.
A investigação conta com a parceria da Universidade da Corunha (Espanha) e de um laboratório espanhol.
As escavações arqueológicas foram iniciadas em janeiro e estão a terminar.
Com o intuito de valorizar os achados, está a ser elaborado um plano de salvaguarda para ser submetido à Direção-Geral do Património Cultural.
"Queremos preservar o espaço, valorizar os achados e dar oportunidade para os visitantes verem os achados", disse à Lusa o vereador com os pelouros das empreitadas e fundos comunitários, João Serra.
As obras de requalificação urbana, com um custo de 380 mil euros, começaram em meados de dezembro e vão durar 12 meses.
A empreitada destina-se a requalificar a zona envolvente à Igreja do Castelo, assim como os respetivos acessos e o miradouro do cruzeiro e espaços verdes envolventes.
No âmbito das obras de requalificação previstas para a vila, em janeiro começou também a empreitada da Rua Engenheiro Adelino Amaro da Costa, com o custo de 487 mil euros e o prazo de execução de um ano.
A intervenção contempla melhoramentos no espaço público, conservação e reorganização dos passeios e dos espaços verdes e novas infraestruturas.
Na semana passada, este município do distrito de Lisboa consignou as obras previstas para o Parque da Cegonha, orçadas em 693 mil euros, a decorrer também durante um ano.
O projeto inclui percursos pedestres e áreas para exercício físico ao ar livre, como circuito de manutenção, campo de jogos, parque infantil, anfiteatro informal, instalação de uma réplica de dinossauro em tamanho real e espaços verdes.
A obra articula-se com a intervenção de reabilitação do Rio Grande dentro do perímetro da vila, também lançada a concurso por 490 mil euros.
As obras de requalificação urbana totalizam dois milhões de euros e abrangem também a requalificação dos antigos Paços do Concelho (297 mil euros) e a aquisição de 13 modelos de dinossauro à escala real (um milhão de euros) para criar a "Rota dos Dinossauros" na vila.
Financiadas por fundos comunitários, as obras têm como objetivo dotar a sede do concelho de melhores espaços públicos para dinamizar o comércio e atrair visitantes.
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