Dois infetados estão nos Cuidados Intensivos do Hospital S. Francisco Xavier.
1 / 5
O número de casos de doença dos legionários detetados no Hospital de São Francisco Xavier em Lisboa, desde o dia 31 de outubro, subiu para 26, que foram "confirmados laboratorialmente", informou este domingo o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Foram diagnosticados, desde o passado dia 31 de outubro, no Hospital de São Francisco Xavier, integrado no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, 24 casos de doença dos legionários, confirmados laboratorialmente", indica o SNS numa nota publicada no seu 'site'.
O último balanço de sábado dava conta de 19 doentes.
Do total, "23 doentes passaram pelo Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental", enquanto "um outro caso com ligação epidemiológica ao Hospital de São Francisco Xavier foi diagnosticado numa unidade de saúde privada", precisa o SNS, indicando que nove destes casos foram "diagnosticados na passada sexta-feira".
Apenas um dos afetados já teve alta "e os restantes mantêm-se internados, dos quais dois em unidade de cuidados intensivos, três na urgência e 17 em enfermaria", adianta o SNS.
Governo assegura que casos detetados "estão controlados e estabilizados"
O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, assegurou hoje que os 24 casos de doença dos legionários até agora detetados no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, "estão controlados e estabilizados", não existindo "prognósticos reservados".
"As situações, do ponto de vista clínico, estão controladas, estão estabilizadas. Há dois doentes em cuidados intensivos, mas também numa situação estável e, portanto, [...] apesar de o número de doentes ser significativo, temos confianças nas equipas médicas e de enfermagem que têm estado a trabalhar no sentido de preservar a vida destes utentes e as coisas estão absolutamente controladas", disse Manuel Delgado, que falava aos jornalistas no Hospital de São Francisco Xavier.
De acordo com o governante, "não há, até este momento, prognósticos reservados em matéria da recuperação destes doentes".
Manuel Delgado visitou hoje o Hospital São Francisco Xavier para se inteirar do estado dos doentes e das medidas tomadas no âmbito das ocorrências da doença dos legionários.
O secretário de Estado reuniu-se com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e com a presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Rita Perez.
Questionado pelos jornalistas se existem razões para preocupação, Manuel Delgado recusou alarmismo, sublinhando que "foram tomadas as medidas que se impunham", desde a deteção do primeiro caso, a 31 de outubro.
"Imediatamente se estabeleceu uma equipa com a Direção-Geral de Saúde, o Instituto Nacional Ricardo Jorge [...] e o próprio hospital de São Francisco Xavier, no sentido de criar uma 'task force' [unidade específica] que investigasse a situação", notou.
De acordo com Manuel Delgado, "uma das medidas prioritárias foi, desde logo, o ataque do ponto de vista químico e térmico à água do reservatório do hospital e isso permitiu identificar as condições para melhorar a situação".
"Vai-nos permitir agora identificar, através de uma análise que vai ser feita ainda hoje, se essa atitude corretiva teve resultados positivos, que esperemos que tenha tido", acrescentou.
Manuel Delgado adiantou que "há aqui um nexo causal entre os casos e a presença destas pessoas no hospital em datas anteriores", rejeitando mais casos noutras unidades de saúde.
Presidente da República foi ao Hospital de São Francisco Xavier informar-se da situação
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deslocou-se esta noite ao Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, "para se informar sobre os casos de 'legionella' surgidos nos últimos dias", indica Belém.
De acordo com uma nota publicada na página Internet da Presidência da República, a visita de Marcelo à unidade hospitalar deu-se após contacto com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
"Recebido pela Diretora-geral de Saúde e pelos principais dirigentes daquele estabelecimento hospitalar, foi exposto ao Presidente da República todo o trabalho desenvolvido no acompanhamento dos pacientes, a dedicação e competência dos profissionais envolvidos para enfrentar os referidos casos", é referido na nota.
Comunicado da DGS
Num comunicado divulgado este sábado, a DGS já tinha admitido 16 casos. "Até às 17h00 de hoje [sábado], foram diagnosticados, desde o dia 31 de outubro de 2017, no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) – Hospital de São Francisco Xavier, 15 casos de Doença dos Legionários, confirmados laboratorialmente, dos quais 9 diagnosticados no dia de ontem.
Um outro caso com ligação epidemiológica ao Hospital de São Francisco Xavier foi diagnosticado numa unidade de saúde privada, onde se encontra internado. Dos 16 doentes, 15 foram internados no CHLO, 1 já teve alta e 14 mantêm-se internados, dos quais dois em Unidade de Cuidados Intensivos, todos clinicamente estáveis. Os doentes são, na sua maioria, idosos com fatores de risco associados", lê-se no comunicado da DGS.
As análises feitas na unidade hospitalar detetaram a presença da bactéria no circuito de abastecimento de água da unidade de saúde. A DGS diz que foram tomadas medias de precaução, com os doentes mais graves que chegam à urgência a serem conduzidos para outros hospitais
A Direção-Geral da Saúde sublinha que a doença se transmite através da inalação de aerossóis contaminados com a bactéria e não através da ingestão de água. A infeção, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo.
Na sexta-feira, a Direção-Geral de Saúde tinha adiantado que "peritos da Direção-geral de Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, bem como da Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Ocidental e Oeiras" estão, "em articulação com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental" a "avaliar a situação" e a "definir a resposta adequada ao controlo do surto".
Esta resposta abrange o diagnóstico e tratamento dos doentes, o reforço da vigilância epidemiológica, o reforço da vigilância ambiental e a implementação das medidas necessárias para interromper a transmissão.
"As entidades envolvidas continuam a acompanhar a evolução da situação que será atualizada quando necessário", acrescenta a informação.
Surto em Vila Franca de Xira fez 14 mortos
Em novembro de 2014, um surto de infeções pela bactéria Legionella matou 14 pessoas e infetou mais de 400 no concelho de Vila Franca de Xira. O caso prolongou-se durante vários dias, sendo um dos maiores surtos alguma vez registados em todo o mundo.
O surto teve origem nas chaminés de duas fábricas do concelho e o caso está ainda a correr na Justiça.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.