Doentes podem estar em risco uma vez que os enfermeiros do Serviço de Obstetrícia se encontram em situação de exaustão total.
Dez enfermeiros do Serviço de Obstetrícia e Boço de Partos do Hospital de Aveiro entregaram declaração de exclusão de responsabilidades por falta de condições, revelou esta segunda-feira fonte sindical.
De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros, "em função da degradação das condições de trabalho a que esses profissionais estão submetidos, dez enfermeiros entregaram à administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), ao Ministério da Saúde e à Ordem dos Enfermeiros a Declaração de Exclusão de Responsabilidades".
"Os enfermeiros deste serviço estão a ser sujeitos a situações-limite, com a prestação de cuidados de saúde a acontecer, sem que as equipas estejam completas", explicou o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa.
De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros, essa tomada de posição "não surpreende", dado que já no início do ano tinha denunciado publicamente as dificuldades que o Centro Hospitalar do Baixo Vouga (que inclui os hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja) tinha para contratar mais enfermeiros".
"A entrega da Declaração de Exclusão de Responsabilidade por parte destes dez enfermeiros é mais um grito de alerta de quem não tem sido ouvido", considera Pedro Costa, sublinhando que "os enfermeiros não podem continuar a trabalhar sujeitos a tanta pressão, tantas horas seguidas e sem os recursos humanos adequados".
De acordo com o dirigente sindical, "a falta de solução para este problema está a contribuir para que os enfermeiros desta instituição, em particular do Serviço de Obstetrícia/Sala de Partos se encontrem em situação de exaustão total, que se repercute na própria segurança das parturientes".
Segundo alerta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, em caso de encerramento do serviço no Hospital de Aveiro, "as grávidas têm de ser transferidas, sempre acompanhadas por um enfermeiro especialista em Obstetrícia, para as unidades de Coimbra, Viseu ou Porto, o que deixa o atendimento do serviço completamente desprotegido".
"Já passou demasiado tempo, desde a aprovação do Orçamento de Estado para 2022, para que se continue a justificar a não contratação de mais enfermeiros para o SNS com a falta de verbas", considera Pedro Costa.
"O Governo precisa de dar um sinal claro do que quer fazer com os enfermeiros, no sentido do reconhecimento das suas competências e no papel determinante que estes desempenham no SNS e se está disposto a criar condições para a melhoria das suas condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde", advertiu.
A Lusa aguarda por esclarecimentos da situação, que pediu à Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga.
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