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Dez anos depois da morte de João Paulo II

Papa Francisco relembra o seu antecessor.

02 de abril de 2015 às 09:14

Faz esta quinta-feira 10 anos que morreu João Paulo II, um dos líderes mais influentes do século XX.

O atual papa, Francisco, lembrou na audiência desta quarta-feira a morte de um dos seus antecessores. O "exemplo e testemunho (de João Paulo II) estão sempre vivos" entre os católicos, afirmou Francisco.

Um papa do mundo

Karol Woytila foi eleito papa a 16 de outubro de 1978 e fez, no decurso de quase 27 anos de pontificado - o terceiro mais longo da história da Igreja Católica - mais viagens, canonizações e beatificações do que qualquer outro dos antecessores.

O papa polaco foi quem procedeu a mais canonizações (488) e beatificações (1.345) da história da Igreja Católica.

João Paulo II foi ainda quem mais bispos e cardeais ordenou (231 cardeais em nove consistórios), entre eles o então arcebispo de Buenos Aires Jorge Mario Bergoglio, atualmente papa Francisco, a 21 de fevereiro de 2001.

O polaco Karol Woytila, um dos papas mais poliglotas de sempre - falava praticamente todas as línguas ocidentais e uma grande parte das do leste, bem como latim e grego - foi também o chefe da Igreja Católica mais viajado.

O papa João Paulo II com a Irmã Lúcia em Fátima, em 1991

Desde a primeira viagem ao México (1979), visitou 131 países e 619 cidades, aldeias e santuários. Os seus discursos, encíclicas (14) e documentos preenchem mais de 80.000 páginas, em 54 tomos publicados pelo Vaticano.

Proclamado santo pelo povo

Morreu em 2005, com a sua morte a ser comunicada aos meios de comunicação social por SMS enquanto milhares de fiéis se encontravam reunidos na praça de São Pedro para rezar pelo líder da Igreja Católica.

Durante o funeral, a 8 de abril, foi canonizado pelo povo com gritos de "santo subito!" (santo já), palavras que se podiam ler também em vários cartazes. O papa polaco foi oficialmente proclamado "santo" a 27 de abril de 2014.

Joseph Ratzinger, de 78 anos, sucedeu a João Paulo II com o nome Bento XVI. Abdicou a 28 de fevereiro de 2013, com Francisco a ocupar o lugar até aos dias de hoje.

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