João Sotto Mayor afirmou ao CM que já vendeu um dos seus carros "para ajudar a empresa".
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Começou a 27 de novembro a greve de fome dos donos de restaurantes do movimento ‘A Pão e Água’, que esta quinta-feira cumpriu o seu sétimo dia. Encabeçado por nove chefs e empresários da restauração, bares e estabelecimentos noturnos de Portugal – entre os quais Ljubomir Stanisic, Alberto Cabral, João Sotto Mayor, João ‘Shima’ Almeida, José Gouveia e Carlos Saraiva - a manifestação instalada junto à Assembleia da República sofreu, nos últimos dois dias, dois contratempos.
Primeiro duas ‘baixas’: Ljubomir sentiu-se mal esta quinta-feira à noite e teve que ser assistido no hospital e, já esta quinta-feira, pela hora de almoço, foi outro manifestante assistido pelo INEM e depois transportado para o hospital.
Agora, sobem também de tom as críticas aos empresários, feitas nas redes sociais pelo facto de levarem uma vida de luxos, que não se coíbem de mostrar nas suas páginas oficiais.
Uma rápida passagem pelas redes sociais de alguns deles denuncia extravagância.
João ‘Shima’ Almeida, dono dos restaurantes Sushima, La Picanha e manager da famosa discoteca Lick, no Algarve, é também CEO da OceanSuite, empresa de iates de luxo.
É por isso comum que o empresário se mostre na sua ‘bomba’ dos mares, um iate de luxo Fairline Targa 43, de cor preta e que custa cerca de 170 mil euros, a que João Almeida se refere como "my black precious" (o meu precioso de cor negra). São inúmeras as fotografias do empresário com o barco, em festas com amigos no Sado e junto ao Casino de Tróia. Muitas das fotografias foram publicadas em agosto e setembro e parecem indicar uma pausa, ou até férias, do empresário. Entre as fotos é também possível encontrar o dono dos restaurantes Sushima em cima de uma mota de alta cilindrada – uma Yamaha MT-09 que custa 9.295 euros - ou acompanhado dos designers italianos da marca de luxo italiana DSquared.
João Sotto Mayor, dono dos restaurantes Hamburgueria da Baixa e dos mexicanos Guaka, assim como do espaço Cubo Bar Quinta do Lago, mostra-se um apaixonado por altas velocidades e alturas. No Instagram, mostra-se junto a aeronaves – é também piloto – e ao volante de um Lamborghini Gallardo Superleggera de cor preta – avaliado em 250 mil euros – ou de um Ferrari 488 Spider - custa cerca de 290 mil euros. "O bom das coisas materiais é o prazer que me dá em partilhá-las com as pessoas que mais gosto", escreve.
Também Alberto Cabral, dono do Grupo Andrómeda, que detém discotecas e estabelecimentos de diversão noturna como o Alma Privé, Figa, Platz, Models Club e Quilate Club, é amante de ‘bombas’ e não se coíbe de o mostrar nas redes sociais. Publica fotografias ao volante de um BMW X-6 branco, avaliado em 95 mil euros, um Porsche Panamera – avaliado em cerca de 115 mil euros - e até mostra um Bugatti.
"As três regras da vida: sonhar, acreditar, realizar", escreve o dono de discotecas no Instagram, na legenda de uma fotografia de um Bugatti Chiron, que custa mais de 2.5 milhões de euros e que Alberto Cabral terá conduzido num evento de promoção de uma plataforma de venda e compra de ouro.
"Questiono a legitimidade deles quando dizem que representam todos os empresários do setor. No máximo o que estes empresários representam são os seus próprios interesses e depois de visitar os perfis de Instagram da maioria deles é bem visível quais são os interesses deles", "Eu se tivesse o estilo de vida destes empresários também passava muitas dificuldades e como eu a grande maioria dos portugueses" ou "Nos processos de insolvência aqueles ferraris e iates não vão servir para pagar créditos laborais, porque estarão em nome de outras pessoas", são algumas das críticas apontadas aos empresários nas redes sociais.
Questionado pelo Correio da Manhã, João Sotto Mayor foi direto e falou pelos colegas, confirmando que os carros e iates são dos donos de restaurantes. O empresário desvalorizou as críticas e ainda lamentou: "Já tive que vender um dos carros para ajudar a empresa. Os Layoffs e apoios não chegam". Sotto Mayor diz ainda que todos conseguem "justificar as contas nas Finanças", confrontado com as críticas que lhes são apontadas.
O empresário finaliza: "Não estamos aqui porque estamos mal, estamos aqui por todos os que de facto estão mal. Trabalhamos muito e estamos aqui por quem nada tem".
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