"Para atrair e fixar mais enfermeiros tem que haver a valorização da carreira", defendeu a presidente do sindicato.
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O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses diz que é contratar quase mais 50% de profissionais para os serviços de saúde da região de Lisboa, onde faltam mais de sete mil enfermeiros que só serão atraídos com melhores salários e condições laborais.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) deu esta quarta-feira uma "Volta a Lisboa" em automóvel pelos quatro hospitais onde há mais falta de profissionais: A caravana começou no Hospital Fernando Fonseca, na Amadora, seguiu para o Hospital S. Francisco Xavier, depois para o Hospital Santa Maria e terminou no Hospital S. José, onde a presidente do sindicato fez um balanço da situação.
"Só na região de Lisboa e Vale do Tejo necessitaríamos de mais 7.106 enfermeiros", disse Isabel Barbosa, baseando-se num estudo do Governo de 2022 que diz já estar desatualizado. Esta quarta-feira "faltam ainda mais" numa região onde "trabalham entre 15 a 16 mil enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde".
Segundo o SEF, na altura estavam em falta 2.721 enfermeiros em cuidados de saúde primário e 4.403 na área hospitalar e os resultados desta carência são visíveis com camas encerradas em vários hospitais.
Isabel Barbosa lembrou a situação do Hospital de Cascais com 15 camas encerradas na cirurgia ou o Hospital de Vila Franca de Xira, onde "faltam mais de 300 enfermeiros, segundo as dotações da Ordem dos Enfermeiros".
"Estes são apenas alguns exemplos, mas camas encerradas é um pouco por todas as instituições", sublinhou a presidente do sindicato à porta do Hospital de São José, que tem 16 camas encerradas no serviço de neurocirurgia "há já bastantes meses" e outras 12 camas na Medicina 1A e 1B.
"Para atrair e fixar mais enfermeiros tem que haver a valorização da carreira, apostar no investimento do Serviço Nacional de Saúde em infraestruturas e equipamento e é preciso alterar a nossa carreira", resumiu a presidente do sindicato.
Com equipas reduzidas, os serviços são assegurados à custa do recurso a horas extraordinárias, "elevados ritmos de trabalho, centenas de feriados em dívida e enfermeiros em exaustão e em burnout", disse Isabel Barbosa, corroborando a mensagem de um dos cartazes que os sindicalistas levaram hoje aos quatro hospitais dizendo "Enfermeiros em Exaustão! Exigem + Contratação + Valorização + SNS".
Os enfermeiros pedem que sejam feitas mais contratações, que haja uma mais rápida progressão na carreira e um sistema de avaliação de desempenho "mais justo", disse a presidente do SEP, lembrando que já houve uma melhoria mas não foi suficiente. "Antes eram precisos 10 anos para progredir na carreira e atualmente são precisos oito", referiu.
O aumento dos salários é outra das reivindicações, já que no início de carreira estes profissionais recebem cerca de 1.500 euros brutos e Isabel Barbosa diz não conhecer "ninguém que já tenha chegado ao topo da carreira".
O SEF entregou este verão um caderno reivindicativo e vai reunir a 3 de setembro com responsáveis do Ministério da Saúde, adiantou Isabel Barbosa.
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