Tecnologia assenta num sistema de compressão e descompressão automática de balão autoinsuflável.
Especialistas do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) desenvolveram um ventilador de baixo custo e fácil montagem para apoiar os hospitais portugueses.
Em comunicado, o INESC TEC adianta esta segunda-feira que o ventilador com um balão autoinsuflável, intitulado PNEUMA, visa a "libertação dos ventiladores convencionais para casos mais graves" de covid-19.
Desenvolvido para oferecer apoio a hospitais de "segunda e terceira linha" e aos doentes que aguardam transferência para os hospitais centrais, este ventilador pode ser usado "para ventilação invasiva transitória em doentes com insuficiência respiratória".
"Em caso extremo de falta absoluta de ventiladores, o PNEUMA é também uma alternativa concreta", adianta o instituto de investigação do Porto.
A tecnologia, desenvolvida por uma equipa de engenheiros e médicos, assenta num sistema de "compressão e descompressão automática de balão autoinsuflável", assemelhando-se a um ventilador de emergência e transporte que pode ser utilizado "sem acesso à rede de energia elétrica".
Citado no comunicado, Nuno Cruz, coordenador do projeto e investigador do INESC TEC, adianta que o ventilador permite "o controlo do volume, frequência respiratória e relação inspiração-expiração".
"É baseado num dispositivo médico homologado e que faz parte da rotina médica (balão autoinsuflável) e é rapidamente replicável, ou seja, é mais fácil, rápido e económico produzir soluções iguais a esta do que ventiladores novos", explica Nuno Cruz, que é também docente na FEUP.
De acordo com o responsável, o protótipo do ventilador já foi testado e está agora a ser organizada a sua industrialização, produção e montagem "em resposta aos desafios colocados" pela Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte).
"Além de um desafio tecnológico, este é um desafio de planeamento para disponibilizar atempadamente, e em número suficiente, ventiladores às nossas unidades de saúde. O desenvolvimento de soluções inovadoras comporta sempre um risco elevado, mas estimamos poder colocar o projeto e um plano para entrega dos dispositivos nas mãos das autoridades de saúde dentro de duas semanas", avança Nuno Cruz.
O INESC TEC adianta ainda que grande parte dos componentes deste ventilador estão a ser produzidos com recurso a impressoras 3D e impressoras comuns, conforme as recomendações divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Agência Regulamentar para o Medicamento e Produtos de Saúde (MHRA), do Reino Unido.
Além do INESC TEC e da FEUP, o projeto conta com o apoio da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), da ARS Norte, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), do Centro Hospitalar Universitário do Porto - Hospital de Santo António e do Instituto Eletrotécnico Português (IEP).
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 68 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito domingo pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 295 mortes, mais 29 do que na véspera, e 11.278 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 754 em relação a sábado.
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