A edição de hoje
Orlando Figueira foi interrogado no DCIAP.
A Polícia Judiciária apanhou uma conta secreta em Andorra com cerca de 300 mil euros ao antigo procurador do Ministério Público Orlando Figueira.
Atualmente em prisão domiciliária, depois de quase um ano em preventiva, Orlando Figueira foi esta quarta-feira ouvido no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) sobre os novos factos descobertos pela investigação.
Contactado pelo CM, o advogado Paulo Sá Cunha, que defende o ex-procurador, escusou-se a falar sobre esta investigação, sublinhando que o processo está em segredo de justiça.
O dinheiro depositado em Andorra é proveniente da Primagest, uma sociedade que a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ (UNCC) acredita ter servido ao vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, para pagar luvas a Orlando Figueira.
O antigo procurador do DCIAP terá recebido cerca de um milhão de euros, segundo a PJ, para arquivar um processo judicial que envolvia Manuel Vicente.
Nesta investigação, foram ainda apreendidos 200 mil euros num cofre bancário em nome de um familiar de Figueira. Este processo, que tem ainda como arguidos o advogado Paulo Branco e Angélica Fontinha, representante da Primagest, deverá ter acusação até ao próximo dia 23, data em que termina o prazo para o Ministério Público decidir.
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