Hospital do Barreiro recusou grávida que tinha lá ido um dia antes. Acabou por ser atendida no Hospital de Cascais, quase 4 horas depois.
Uma grávida de cinco semanas, com hemorragia vaginal abundante, foi recusada no Hospital do Barreiro 24 horas após ter ali sido atendida, e só acabou por ser vista no Hospital de Cascais, quase quatro horas depois. O caso aconteceu em 2024, mas só agora foi divulgado o resultado do processo de inquérito aberto pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
Em causa estava uma mulher de 29 anos, grávida de cinco semanas, que foi levada pelos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste para o hospital do Barreiro, por indicação do CODU do INEM, pelas 18h20 de 1 de fevereiro. No entanto, foi recusada, porque a urgência de ginecologia/obstetrícia estava encerrada, por falta de médicos. Segundo as transcrições dos áudios entre o CODU, os bombeiros e o hospital do Barreiro, é referido que uma enfermeira da unidade hospitalar acabou por aceitar a inscrição da grávida, mas que a obstetra de serviço a recusou, mesmo quando a triagem já estava em curso.
O CODU reencaminhou então a grávida para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que tinha o bloco de partos e o serviço de obstetrícia encerrados, devido a obras. O CODU contactou depois o Hospital Amadora-Sintra, que informou apenas estar a receber grávidas com mais de 22 semanas. Foi ponderado enviar a grávida para o hospital de Vila Franca de Xira, mas acabou por ser transportada para o Hospital de Cascais, onde entrou às 20h51.
Na deliberação, a ERS instruiu a Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho (ULSAR) para não obstaculizar o acesso dos utentes. "Sendo certo que, não obstante as incansáveis diligências do CODU, no sentido de garantir a admissão e atendimento da utente, a ULSAR não se absteve de obstaculizar e impedir o acesso da utente aos cuidados de que necessitava", refere a ERS. Uma situação "tão mais gravosa" pois tratava-se de uma readmissão - a mulher teve alta do hospital do Barreiro nas 24 horas que antecederam a hemorragia vaginal. De acordo com a ERS, a ULSAR "violou as regras relativas ao acesso aos cuidados de saúde, por via da adoção de práticas de rejeição infundada de utentes".
Médica recusou laqueação de trompas
Uma médica do Hospital de Tomar recusou uma laqueação de trompas a uma mulher de 32 anos por esta ter "apenas 1 filho" e retirou-a da lista de espera cirúrgica. A mulher queixou-se à ERS, que emitiu uma instrução à ULS Médio Tejo, para que garanta o direito de acesso a cuidados de saúde dos utentes.
Hospital troca doentes
Num outro caso, o Hospital de Vila Real trocou a identidade de dois doentes idosos: um deles foi ao hospital com insuficiência respiratória, foi tratado como sendo um doente com Parkinson, teve alta e foi transportado para o Lar de Carlão: foi aí que se percebeu que era o doente errado.
Nome, idade e localidade
O Hospital de Vila Real justificou o erro pelo facto de os dois utentes terem o mesmo nome, idade, residirem na mesma localidade e ambos terem apoio em lar na localidade.
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