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Greve dos trabalhadores da recolha do lixo gera caos em Lisboa

Paralisação de dois dias termina hoje, mas os trabalhadores mantêm protesto com greve às horas extras.

27 de dezembro de 2024 às 01:30

O impacto da greve dos trabalhadores da recolha é já visível nas ruas de Lisboa, com dezenas de ecopontos a abarrotar de lixo que se vai espalhando pelas áreas em redor. “É uma situação difícil, como já prevíamos, pois esta altura é de muita produção de resíduos. Estamos no máximo de esforço a tentar recolher, mas estamos obviamente em défice para o lixo que já está acumulado e para o que ainda se vai acumular”, admitiu à Lusa Pedro Moutinho, diretor de higiene urbana.

Os apelos para guardar em casa resíduos de papel e plástico não foram respeitados por muitos moradores. “Houve um conjunto de pessoas que não atendeu aos apelos, o que podemos compreender”, referiu o diretor. A adesão à greve em Lisboa rondou os 80% no primeiro turno, segundo Carlos Fernandes, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL). “Saíram os carros decretados para os serviços mínimos”, garantiu o dirigente. Na região Norte, a greve dos trabalhadores da Resinorte teve impacto reduzido, devido aos serviços mínimos, admitiu o STAL. “Em termos de lixo acumulado junto aos ecopontos, que é normalmente a face mais imediata, a greve não está a ter impactos significativos, por causa da decisão do tribunal arbitral”, referiu Joaquim Sousa. Em Oeiras, o STAL apontou uma adesão de 66% no turno noturno: “Saíram cinco carros sem equipas completas.” Já a autarquia fala numa adesão de 14% dos profissionais afetos à recolha. Paralisação de dois dias termina hoje. Trabalhadores mantêm greve às horas extras até dia 1. 

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