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Inspetores veterinários recusam continuar a trabalhar na região Oeste

Medida deve-se à falta de apoios para as despesas de deslocação.

22 de fevereiro de 2018 às 14:21

Cerca de 30 trabalhadores da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) a desempenhar funções na região Oeste são obrigados a deslocar-se em viaturas próprias e estão há quase um ano sem serem ressarcidos da despesa, denunciou esta quinta-feira o sindicato.

"Não é possível que um trabalhador que ganhe 1.200 ou 1.300 euros por mês tenha de suportar as despesas das deslocações que faz na sua viatura aos matadouros e lotas e não seja pago a horas", afirmou à agência Lusa Helena Rodrigues, presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e Entidades com Fins Públicos.

Os trabalhadores da Divisão de Alimentação e Veterinária do Oeste, com sede em Torres Vedras, estão há 10 meses sem receber as despesas relativas às deslocações que fazem nas suas viaturas particulares aos locais onde exercem funções de inspeção.

"Em alguns casos, as despesas ultrapassam os 300 euros por mês e só agora estão a receber as despesas de abril de 2016", alertou a dirigente sindical.

Até que o problema seja resolvido, os trabalhadores comunicaram às chefias que, a partir desta quinta-feira, "não têm possibilidade de continuar a suportar estas despesas" e deixam de usar as próprias viaturas para se deslocarem em serviço, comparecendo no local de trabalho para que lhes seja providenciado transporte.

Além da falta de condições de trabalho, o problema pode levar à "falta de carne ou peixe no mercado", porque, explicou a dirigente sindical exemplificando, "se as inspeções não forem feitas não pode haver abate de animais".

Questionado pela Lusa, o Ministério da Agricultura, que tutela a DGAV, não prestou até agora esclarecimentos

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