Milhões de jovens não têm acesso à Internet, sobretudo na África subsaariana e sudoeste asiático.
O "inventor" da Internet, o britânico Tim Berners-Lee, alertou esta quinta-feira para o impacto do fosso de desigualdade digital no mundo, que exclui milhões de jovens do progresso social e económico oferecido pelas novas tecnologias.
Aproveitando o 32.º aniversário da World Wide Web, Tim Berners-Lee e a cofundadora da Web Foundation, Rosemary Leith, publicaram uma carta pública onde elogiam projetos digitais realizados por nove jovens em países como o Reino Unido, Estados Unidos e Uganda.
Porém, acrescentam que "enquanto falamos sobre uma geração de 'nativos digitais', muitos jovens permanecem excluídos e incapazes de usar a web para partilhar os seus talentos e ideias".
Enquanto milhões de jovens não têm acesso à Internet, sobretudo na África subsaariana e sudoeste asiático, muitos dos afortunados com ligação são confrontados com abusos, desinformação e outros conteúdos perigosos, o que ameaça a sua participação, denunciam.
"As consequências desta exclusão afetam a todos. Quantas mentes jovens e brilhantes caíram no lado errado da exclusão digital? Quantas vozes de possíveis líderes estão a ser silenciadas por uma internet tóxica? Cada jovem que não consegue ligar-se representa uma oportunidade perdida para novas ideias e inovações que podem contribuir para a humanidade", lê-se na carta.
Entre os nove projetos destacados por Tim Berners-Lee e Rosemary Leith estão um criado por Peter Okwoko, no Uganda, que usa a Internet para reunir conhecimentos necessários para transformar resíduos de plástico em equipamento de proteção pessoal necessário com urgência para tratar infetados com covid-19.
Hera Hussain, do Reino Unido, construiu a rede online CHAYN, à qual aderiram 380.000 mulheres, pessoas não binárias e outros indivíduos vulneráveis no Paquistão, Índia e onde estão disponíveis recursos para combater o abuso e a violência.
Nos Estados Unidos, Avi Schiffmann, de 17 anos, criou um site que mostra de forma simples e independente dados sobre a pandemia covid-19 que até cientistas usam para desenvolver modelos matemáticos.
A Web Foundation urge os dirigentes políticos a promover o acesso universal com Internet rápida, cujo custo foi estimado pela Aliança para Internet a Preços Acessíveis em 428 mil milhões de dólares (360 mil milhões de euros) nos próximos 10 anos.
Cita também estimativas de que um aumento de 10% no número de pessoas com Internet pode fazer aumentar 2% o Produto Interno Bruto (PIB) de uma economia, e que alcançar a banda larga universal no mundo em desenvolvimento até 2030 resultaria em cerca de 8,7 biliões de dólares (7,3 biliões de euros) em benefícios económicos diretos.
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