Até ao final do ano, utentes e profissionais de saúde de lares, instituições de cuidados continuados e das regiões autónomas da Madeira e dos Açores vão poder realizar consultas à distância, ou seja, teleconsultas. Isto porque o Ministério da Saúde se prepara para investir cerca de meio milhão de euros numa nova tecnologia que irá substituir a presente e que tornar mais acessível o acesso às consultas à distância.
A nova ferramenta digital "permitirá também teleconsultas em equipa, isto é, diferentes profissionais ligarem-se para discutir casos de doentes e assim juntarem as diferentes perspetivas", explicou ao
CM fonte oficial dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). A nova tecnologia vai ainda permitir a visualização de imagens de grande qualidade, como ecografias ao coração, por exemplo, "podendo assim especialistas remotamente ajudar os colegas no diagnóstico e orientação terapêutica", reforçou a SPMS.
As teleconsultas vão poder ser realizadas com o doente em qualquer local, incluindo na própria casa. O novo software vai ser disponibilizado gratuitamente. Para já, uma das hipóteses, é que este esteja disponível numa aplicação móvel.
O projeto chega numa altura em que o número de primeiras consultas à distância registou uma quebra entre janeiro e abril deste ano. As especialidades mais requisitadas são a dermatologia, a cardiologia, a cardiologia pediátrica e a fisiatria, mas, de acordo com a empresa pública, não é possível por enquanto quantificar o número de consultas por cada especialidade, uma vez que a atual tecnologia apenas contempla o número total de teleconsultas.
Um cenário que vai ser agora alterado, com a instalação do novo software que já prevê a monitorização das consultas. Os utentes das regiões Norte e Centro do País são quem mais recorre a este tipo de serviço.
SAIBA MAIS2010Foi o ano em que foi criada SPMS- Serviços Partilhados do Ministério da Saúde -, focada na prestação de serviços de compras e logística, serviços financeiros, recursos humanos e sistemas e tecnologias de informação e comunicação.
Negócio de milhõesEm 2016, o volume de negócios dos 711 lares para idosos licenciados foi de 241,5 milhões de euros, mais 11,5 milhões em relação a 2015, segundo estimativas da ALI - Associação de Apoio Domiciliário de Lares e Casas de Repouso de Idosos.