Viagem foi definida pelo seu antecessor, Francisco, no quadro dos esforços de diálogo com os cristãos orientais e com o mundo muçulmano.
O Papa Leão XIV inicia esta quinta-feira a sua primeira viagem apostólica do Pontificado, sob a marca do diálogo ecuménico e inter-religioso, com encontros com ortodoxos na Turquia e com muçulmanos no Líbano.
O Papa parte esta quinta-feira para a capital turca, Ancara, onde irá visitar o mausoléu de Atatürk, fundador da Turquia moderna, e será recebido pelo Presidente, Recep Tayyip Erdogan, um dia marcado pelos compromissos com as autoridades políticas.
Ainda esta quinta-feira seguirá para Istambul, onde, na sexta-feira, participará num encontro de oração com bispos, padres, diáconos, pessoas consagradas e agentes pastorais na catedral do Espírito Santo.
Viaja depois de helicóptero para Iznik, onde irá presidir a um encontro ecuménico de oração com representantes de várias igrejas orientais, no local onde decorreu há 1.700 anos o Concílio de Niceia.
No sábado, o Papa tem prevista uma visita à mesquita Azul, em frente à antiga basílica cristã de Hagia Sophia, e participa numa celebração ortodoxa, com um encontro previsto com o patriarca Bartolomeu, com quem irá assinar uma declaração conjunta.
No domingo, Leão XIV chega a Beirute onde será recebido pelo presidente do Líbano, o cristão maronita Joseph Aoun, pelo presidente do parlamento, o xiita Nabih Berri, e pelo primeiro-ministro, o sunita Nawaf Salam.
Na segunda-feira, estão previstas visitas a locais sagrados do cristianismo maronita (confissão em comunhão com Roma), reuniões com o clero e um encontro ecuménico, seguindo-se, na terça-feira, o ponto alto da viagem ao Líbano, com uma celebração no porto de Beirute, local atingido em 2020 por uma violenta explosão que causou milhares de vítimas.
Esta viagem foi definida pelo seu antecessor, Francisco, no quadro dos esforços de diálogo com os cristãos orientais e com o mundo muçulmano, e Leão XIV tem insistido na continuação dessa política e na defesa da paz num tempo marcado por tantos conflitos.
No domingo, Leão XIV publicou uma carta apostólica a assinalar os 1.700 anos do concílio de Niceia e pediu a unidade dos cristãos, salientando que o encontro que terá com o patriarca de Constantinopla faz parte dessa política de reconciliação, após o cisma ocorrido há mil anos.
Na carta apostólica 'In unitate Fidei' (Na unidade da Fé) Leão XIV pediu aos cristãos que sejam "sinal de paz e instrumento de reconciliação", considerando que "o amor a Deus sem o amor ao próximo é hipocrisia".
A dias do encontro ecuménico em Iznik, na Turquia, com vários patriarcas ortodoxos orientais, entre os quais o primaz de Constantinopla, Bartolomeu, o Papa defendia "um renovado impulso na profissão da fé", recordando que o credo formulado em Niceia constitui "património comum dos cristãos", independentemente da sua origem.
A oração eucarística, que define todos os dogmas da religião cristã, foi concebida há 1.700 anos para pôr fim aos conflitos com seitas e outros movimentos religiosos que se afastavam da doutrina de Roma.
Segundo o Papa, trata-se de "uma profissão de fé que une todos os cristãos".
A celebração formal da data está agendada para 28 de novembro, na antiga Niceia, atual cidade de Iznik, perto da antiga Basílica de São Neófito.
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