Problema foi maior em nove agrupamentos, que em dezembro ainda não tinham conseguido encontrar nenhum professor para pelo menos dois horários.
Mais de 20 escolas tiveram, pelo menos, um professor em falta durante todo o 1.º período letivo, segundo os resultados preliminares de um inquérito realizado pela Missão Escola Pública.
O inquérito, que pretende fazer um balanço do 1.º período de aulas, foi respondido por 72 diretores escolares, que representam cerca de 10% das escolas públicas portuguesas.
De acordo com os primeiros resultados, divulgados esta sexta-feira, cerca de um terço das escolas diz ter tido, desde setembro, pelo menos um horário sem professor.
Segundo Cristina Mota, da Missão Escola Pública (MEP), significa que nesses agrupamentos -- mais de 20 numa amostra de 72 -- os alunos não tiveram aulas à disciplina em falta durante todo o 1.º período.
O problema foi maior em nove agrupamentos, que em dezembro ainda não tinham conseguido encontrar nenhum professor para pelo menos dois horários.
Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região mais afetada, onde mais de metade dos agrupamentos inquiridos (55%) relatou ter funcionado durante os últimos três meses com, pelo menos, um horário por preencher.
Segue-se o Algarve (33%), o Alentejo (25%) e o Centro (21%), sendo a Norte que se sentem menos as dificuldades na contratação de professores (só 5% tiveram disciplinas sem professor durante todo o 1.º período).
"Os grupos mais afetados são o 1.º ciclo (37% das escolas afetadas), Português, Inglês, Francês, Matemática e Educação Especial", refere a MEP em comunicado.
Questionadas sobre a situação atual, perto de metade das escolas diz ter pelo menos um horário por preencher, número que, para o movimento, "confirma que o problema não está resolvido e tende a agravar-se ao longo do ano".
A atribuição de horas extraordinárias foi apontada como principal recurso para responder ao problema (54%), a par da reorganização e completamento de horários (50%).
Algumas escolas optam também por sacrificar as medidas de promoção do sucesso em prol das atividades letivas.
No caso do 1.º ciclo, 29% dos diretores disse ter recorrido a técnicos especializados para assegurar as aulas, enquanto outras distribuíram os alunos por outras turmas do mesmo nível ou de níveis diferentes.
A MEP acrescenta ainda que há cada vez mais escolas a recorrer a professores sem formação pedagógica: oito em cada 10 têm, pelo menos, um professor com habilitação própria e 65% dos agrupamentos contrataram docentes sem habilitação profissional para preencher mais 10 horários.
"Este fenómeno, que já ultrapassa a escala de solução de emergência, representa um risco sério para a qualidade do ensino e confirma que a falta de docentes está a ser colmatada à custa da substituição de profissionais qualificados por pessoal sem preparação para a função e sem que sejam tomadas medidas para os munir da preparação necessária", critica o movimento.
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