Até final do ano estão na lista para a vacina cerca de um milhão de pessoas com mais de 65 anos.
A terceira dose da vacina contra a Covid-19 foi aplicada a “mais de meio milhão de pessoas” desde 11 de outubro, revelou a Direção-Geral da Saúde. Este fim de semana foram administradas 44 700 doses de reforço a utentes com mais de 65 anos, segundo a DGS, tendo sido também aplicadas 68 700 vacinas contra a gripe - no total já receberam a imunização da gripe mais de 1,1 milhões de pessoas.
Diariamente estão a ser vacinadas cerca de 14 mil pessoas contra a Covid e, esta semana, o sistema ‘casa aberta’ poderá ser alargado até aos 75 anos, admite Diogo Urjais, presidente da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar.
A quantidade diária de vacinas administradas é, contudo, baixa quando comparada com as duas primeiras doses, num processo coordenado por Gouveia e Melo. Desde 27 de dezembro de 2020 foram distribuídas 16 936 974 doses, o que representou até dia 7 deste mês, uma média diária de 53 598 inoculações. No pico da vacinação, em agosto, foram aplicadas quatro milhões de doses - 129 mil por dia.
O universo de pessoas a vacinar com a terceira dose é, contudo, muito menor. Há 2,3 milhões de pessoas com mais de 65 anos, mas há 800 mil que só em janeiro podem tomar a terceira dose por cumprirem o intervalo de 180 dias. De 1,5 milhões de pessoas a ser vacinadas até final do ano, receberam a terceira dose um terço, pelo que falta vacinar cerca de um milhão.
Para o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, é necessário acelerar a vacinação e reforçar medidas para evitar um novo confinamento. “A máscara deve voltar a ser obrigatória nas lojas de rua e nos recreios das escolas”, disse o bastonário, que pede “uma distância mínima de 1,5 metros nas mesas dos restaurantes e a realização de testes em festas com várias dezenas de pessoas”.
O professor da Universidade de Lisboa, Carmo Gomes, admite que “este mês sejam alcançados os dois mil casos de média em sete dias”. O epidemiologista acrescenta que ao atual ritmo do risco de transmissão R(t) “os três mil casos diários serão alcançados até 15 de dezembro”.
Portugal não registava um número de mortes por Covid-19 igual ao de sábado (15) desde 26 de agosto. Estão agora hospitalizadas 465 pessoas. Desde 20 de setembro, quando estavam internadas 471, que a pressão nos hospitais não era tão alta.
No espaço de 24 horas deram entrada nas Unidades de Cuidados Intensivos mais seis pessoas, para um total de 75 doentes graves. Um número superior foi observado a 27 de setembro com 79 hospitalizados.
O Centro registou o maior número de óbitos, no sábado, com sete vítimas. No Norte ocorreram quatro mortes, em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve, duas mortes em cada região. Segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde as vítimas tinham mais de 60 anos.
profissionais de saúde são vacinados esta segunda-feira
Arranca esta segunda-feira o processo de vacinação contra a Covid-19 com a terceira dose para os profissionais de saúde. A medida deve abranger cerca de cem mil, entre médicos, enfermeiros e auxiliares.
funcionários de lares e bombeiros no dia 22
Na próxima segunda-feira, dia 22, são chamados à terceira dose os funcionários de lares e de outros institutos do setor social, bem como os bombeiros que efetuam o transporte dos mais velhos.
Quinze detidos nos Países Baixos
Quinze pessoas foram detidas sábado em Leeuwarden, Países Baixos, num protesto que reuniu centenas contra os novos limites nos horários da restauração e comércio.
Terceiras eleições no país mais afetado
A Bulgária, que tem a menor taxa de vacinação da Europa (30%) e tem registado 200 mortos por dia, foi este domingo às urnas pela terceira vez este ano para eleger o novo governo.
Rússia continua a somar valores máximos de mortos
A Rússia registou este domingo 1219 mortos por Covid e 38 823 novas infeções. É o quinto dia seguido com mais de 1200 óbitos, valores dos mais elevados desde o início da pandemia. As autoridades atribuem o aumento de infeções nas últimas semanas à baixa taxa de vacinação no país, onde apenas 49% das pessoas estão imunizadas. A população também não cumpre de forma rigorosa normas sanitárias de distanciamento, higienização e uso de máscara.
Áustria impõe confinamento para pessoas não vacinadas
O governo da Áustria anunciou o confinamento obrigatório, a partir desta segunda-feira , e durante 10 dias, para todas as pessoas não vacinadas contra a Covid-19. A medida proíbe os não vacinados com mais de 12 anos de saírem de casa, exceto para trabalhar e fazer compras essenciais.
"É nosso dever como governo proteger o povo", afirmou o chanceler austríaco, Alexander Schallenberg, na sequência do aumento de casos no país - este domingo foram registadas 11 552 novas infeções e 17 mortos.
Segundo o executivo, a grande maioria dos novos casos e dos internamentos ocorrem em pessoas não vacinadas. Apenas 65 por cento da população austríaca está vacinada, uma das taxas mais baixas da Europa. "Não faria sentido dois terços perderem a sua liberdade porque um terço não se vacina", argumenta o chefe de governo democrata-cristão, para justificar o confinamento seletivo. Muitos austríacos são céticos em relação às vacinas, uma visão encorajada pelo Partido da Liberdade, de extrema-direita, o terceiro maior no Parlamento.
O confinamento deverá afetar cerca de dois milhões de pessoas, num país com 8,9 milhões de habitantes. A polícia vai efetuar ações de vigilância na rua, embora haja dúvidas sobre a legalidade deste confinamento seletivo.
O objetivo do confinamento é tentar reduzir a pressão sobre os serviços de saúde e evitar o colapso do sistema.
Alemanha prepara regresso em força ao teletrabalho
A Alemanha está a preparar o regresso em força ao teletrabalho, segundo um projeto de lei a que a agência France Press teve acesso, para travar a nova vaga de infeções. Este domingo houve mais 33 489 casos positivos, ultrapassando os cinco milhões de infeções desde o início da pandemia.
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