Vai ser feito um envio imediato de mil zaragatoas pelo Ministério da Saúde.
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O Presidente da República anunciou que será esta quinta-feira reforçado o equipamento médico e de proteção disponível no Hospital de Ovar, nomeadamente através do envio imediato de mil zaragatoas pelo Ministério da Saúde.
A informação de Marcelo Rebelo de Sousa foi disponibilizada por videoconferência numa reunião com o presidente da autarquia, Salvador Malheiro, e com alguns dos profissionais de saúde que se voluntariaram para acompanhar a população infetada com covid-19 no concelho, há uma semana sob estado de calamidade pública, sujeito a cerco sanitário, a controlo de fronteiras e ao encerramento de toda a atividade não essencial.
O chefe de Estado abordou as necessidades atuais do Hospital de Ovar, que pediu ao Governo mais profissionais de saúde, medicamentos essencias e "expressamente mil zaragatoas".
Na segunda-feira, o hospital começou a receber infetados em estado de gravidade intermédio e já acolhe já 11 doentes nessas condições.
Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que, nesta fase, os hospitais estão "em teoria" autorizados a contratar diretamente os médicos e outros profissionais de que precisem, dispensando autorização da tutela.
"Sabemos como isso é difícil nestas circunstâncias e daí o papel acrescido desses jovens [voluntários]. De facto, embora haja autonomia para contratar, com o estado de calamidade que se vive em Ovar e o estado de emergência no país, essa contratação é agora mais complexa e menos rápida", admitiu.
A "boa notícia", afirmou, é que o Ministério da Saúde assumiu o compromisso "de disponibilizar ainda hoje mil zaragatoas para o Hospital de Ovar".
Sem mencionar como serão satisfeitas as outras necessidades listadas pelo Hospital de Ovar, nem comentar o pedido de Salvador Malheiro a requisitar para o concelho mais testes de rastreio, o Presidente da República agradeceu o trabalho desenvolvido pelas instituições locais na luta contra a covid-19, o sentido de responsabilidade da população ao cumprir as medidas impostas pela quarentena geográfica e a disponibilidade dos profissionais de saúde que responderam ao apelo da autarquia em regime de voluntariado.
Alguns desses técnicos assistiam à conversa pelo ecrã, envergando máscaras e distribuidos por largos espaços da plateia, instalado no Centro de Arte de Ovar, mas o Presidente da República disse perceber que todos eles eram "muito jovens".
"Isso é garantia de futuro", afirmou, dirigindo-se à plateia de voluntários, "e revela que a solidariedade não é uma palavra, é um gesto e vai ser a vossa vida ao serviço de um povo".
Sem especificar quantos profissionais de saúde responderam ao apelo, Salvador Malheiro declarou que em causa estão médicos, enfermeiros e auxiliares "absolutamente decisivos" para o que o município tem pela frente.
A esses profissionais caberá "acompanhar a sério a população de infetados" não sujeita a internamento hospitalar, ou aqueles cujos sintomas são ligeiros e, por isso, se encontram em internamento domiciliário sob supervisão clínica diária, sublinhou.
A autarquia contabilizou 118 doentes, dois óbitos e cinco recuperações, e antecipou um aumento de diagnósticos positivos nos próximo dias, dada a crescente realização de testes para deteção da doença.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde registou na quarta-feira 43 mortos e 2.995 infeções confirmadas.
Dada a evolução da pandemia, a 17 de março o Governo declarou o estado de calamidade pública em Ovar, concelho de 148 quilómetros quadrados com cerca de 55.400 habitantes.
Desde as 00:00 do dia 19, o país encontra-se em estado de emergência, em vigor até às 23:59 de 02 de abril.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de 240.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até hoje.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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