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Mau tempo corta mais de 80 estradas

Reguengo do Alviela continua isolado.

14 de fevereiro de 2014 às 12:09

Mais de 80 estradas e caminhos estavam, às 09h00 desta sexta-feira, cortadas em Portugal continental devido ao mau tempo, de acordo com um balanço publicado na página da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) na Internet.

Segundo a ANPC, 82 estradas estavam cortadas devido a inundações, neve e desmoronamentos, continuando isolada a povoação de Reguengo do Alviela, no distrito de Santarém.

A ANPC indica que no distrito de Santarém estavam cortadas 38 estradas devido a inundações nas localidades de Almeirim, Golegã, Cartaxo, Torres Novas, Alpiarça, Constância, Abrantes e Chamusca.

No distrito de Coimbra havia 16 estradas cortadas devido a inundações (concelhos de Montemor-o-Velho, Figueira da Foz, Mira, Soure e Coimbra) e desmoronamentos (em Montemor-o-Velho e Miranda do Corvo).

Em Castelo Branco, a ANPC tem registo de três estradas cortadas devido a inundação, neve e desabamento de terras (Vila Velha de Rodão, Sertã e Covilhã) e na Guarda oito, por causa da neve (Seia e Manteigas).

De acordo com a ANPC, há 15 estradas cortadas no distrito de Leiria devido a inundação (em Leiria, Óbidos, Nazaré, Alcobaça, Caldas da Rainha e Marinha Grande) e deslizamento de terras (Caldas da Rainha e Pombal).

Estavam também cortadas quatro estradas no concelho de Águeda, distrito de Aveiro, e uma em Lisboa (Alqueidão, Azambuja) devido a inundação. No distrito de Viseu, estava também cortada uma estrada São Pedro do Sul, devido à queda de inertes.

MINISTRA DISPONIBILIZA FUNDO DE 6 MILHÕES DE EUROS PARA PESCADORES AFETADOS (12h42)

A ministra da Agricultura e Pescas, Assunção Cristas, anunciou esta sexta-feira que vai agilizar o processamento de candidaturas ao fundo de garantia salarial para os pescadores, para fazer face às dificuldades imediatas do setor decorrentes do mau tempo.

Assunção Cristas deu esta garantia durante uma vista ao porto de pesca da Póvoa de Varzim, onde lembrou que existe uma dotação de seis milhões de euros para este fundo, aconselhando os pescadores a fazerem as candidaturas desde já e a não esperarem pelo fim do mau tempo.

Assunção Cristas foi informada de que, devido ao mau tempo, há embarcações que não saem para o mar há mais de dois meses e mostrou-se consciente "do momento difícil pelo qual passam os pescadores".

"O fundo de compensação salarial tem uma verba elevada, são seis milhões de euros. Mas, nos últimos anos, desde 2010 nunca foram utilizados mais de 250 mil euros por ano. O dinheiro não é problema, a única limitação são as regras europeias das ajudas de Estado e é com elas que temos de trabalhar", disse a ministra.

Assunção Cristas disse que, da parte do Governo, tudo será feito para que "o dinheiro chegue rapidamente aos pescadores necessitados".

"A burocracia do processo é inimiga da celeridade, mas vamos tentar dispensar os processos mais morosos. Da minha parte, darei todo o dinheiro possível e que esteja ao meu alcance dentro regras europeias", acrescentou.

NÍVEL DE ÁGUA NA BACIA DO TEJO MANTÉM TENDÊNCIA DE ESTABILIZAÇÃO (12h41)

O nível da água na bacia do Tejo mantém a tendência de estabilização, tendo as barragens recuperado alguma capacidade de encaixe, disse esta sexta-feira à agência Lusa fonte da Proteção Civil.

Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém, as oscilações que se vão sentindo dependem mais do efeito das marés e da precipitação, uma vez que as descargas das barragens baixaram ligeiramente.

Mais de 30 estradas, na maioria rurais e municipais, continuam submersas ou parcialmente submersas no distrito de Santarém, mantendo-se a povoação de Reguengo do Alviela isolada.

José Viegas, comandante dos Bombeiros Voluntários de Pernes, disse à agência Lusa que, a manter-se a descida das águas que se vem registando desde a noite de quinta-feira, "é possível que ao final do dia de hoje já seja possível o acesso à povoação por viaturas altas". "Tudo vai depender da precipitação e das descargas das barragens", sublinhou.

O comandante dos Bombeiros Municipais de Santarém, Nuno Oliveira, disse, por seu turno, à Lusa que desde quinta-feira se vem registando uma descida do nível da água, estando desimpedido o acesso à aldeia piscatória das Caneiras.

RAJADA MÁXIMA ATINGIU OS 170 QUILÓMETROS POR HORA NO CORVO (12h39)

Rajadas de vento com a velocidade máxima de 170 quilómetros por hora foram registadas no Corvo, Açores, na quinta-feira, tendo-se verificado, também, ondas de 10 a 12 metros, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

"No Corvo foram registadas rajadas máximas de 170 quilómetros por hora e de 130 nas Flores", as duas ilhas do grupo Ocidental disse à agência Lusa a meteorologista Fernanda Carvalho, da delegação regional do IPMA, acrescentando que, em "praticamente todas as ilhas", foram registadas rajadas de vento superiores a 100 quilómetros por hora e ondas de 10 a 12 metros.

De acordo com a meteorologista, não são muito comuns situações como aquelas que ocorreram, mas "são normais deste inverno, que tem sido bastante gravoso".

"Não é um evento extremo, mas é uma situação de tempo grave típica do inverno", referiu, indicando que "a depressão está a afastar-se para nordeste", embora ainda possam ser registadas rajadas de vento forte, mas "com tendência para diminuir ao longo do dia".

Apesar das condições meteorológicas registarem uma melhoria significativa nas últimas horas, Fernanda Carvalho indicou que "já caiu granizo em vários locais", nomeadamente em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, "havendo ainda registo de ocorrência de trovoadas".

É uma massa de ar polar muito instável, explicou, indicando que as previsões do IPMA apontam, também, para a queda de alguma neve nas cotas superiores a 900 metros no grupo Central (Terceira, Faial, São Jorge, Pico e Graciosa) e mil metros no Oriental (São Miguel e Santa Maria).

VOOS E ESCOLAS VOLTAM À NORMALIDADE (12h32)

Os voos nos Açores voltaram, esta sexta-feira, à normalidade e as escolas estão preparadas para abrir portas, apesar de a Proteção Civil e Bombeiros se manter em prevenção, disse hoje à Lusa fonte das entidades.

De acordo com fonte da SATA Air Açores, a companhia aérea mantém, hoje de manhã, "todos os voos no horário regular", depois de na quinta-feira ter cancelado 21 voos entre as ilhas devido ao vento forte que se fez sentir no arquipélago.

Também as escolas estão preparadas para abrir portas, não havendo qualquer condicionamento previsto, segundo adiantou João Santos, do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.

Na quinta-feira, o Governo Regional encerrou escolas de sete das nove ilhas dos Açores, o que, segundo adiantou à Lusa uma fonte da secretaria Regional da Educação, envolve "mais de 80 unidades e cerca de 15.100 alunos".

Ainda assim, referiu João Santos, os elementos da Proteção Civil e Bombeiros "mantêm-se de prevenção e com redobrada atenção", já que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera lançou novos avisos para previsões de vento muito forte e agitação marítima no arquipélago.

QUINZE DISTRITOS DO CONTINENTE SOB ALERTA (12h24)

Quinze distritos do continente estão, esta sexta-feira, sob alerta devido à previsão de agitação marítima, vento forte, chuva e queda de neve, disse à agência Lusa o meteorologista Manuel João Lopes.

O meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) explicou que, devido à aproximação de uma frente fria ao continente português, foram emitidos avisos para toda a costa, por causa da previsão de agitação marítima, vento forte, chuva e queda de neve.

"Devido à aproximação de uma frente fria no continente, estamos a prever para hoje, para as regiões do norte e centro, períodos de chuva, que poderão ser fortes a partir da tarde, em especial no litoral a norte do Cabo Mondego, que passarão gradualmente a regime de aguaceiros e que poderão ser fortes de granizo e acompanhados de trovoadas", disse.

De acordo com Manuel João Lopes, está também prevista a queda de neve a partir do final da tarde nos pontos mais altos da Serra da Estrela, descendo gradualmente a cota para 800/1000 metros, e vento fraco a moderado de sudoeste, soprando a partir do início da manhã e até ao final da tarde forte, com rajadas entre 70/90 quilómetros por hora no litoral.

Nas terras altas, prevê-se vento forte a muito forte, de sudoeste, com rajadas entre 90/110 quilómetros por hora, tornando-se moderado para o final do dia, e neblina ou nevoeiro matinal.

"Para amanhã [sábado] prevêem-se períodos de céu muito nublado, aguaceiros, que poderão ser por vezes fortes, de granizo e acompanhados de trovoada, diminuindo de intensidade e frequência a partir do final da tarde", disse.

SETE BARRAS FECHADAS NO CONTINENTE DEVIDO À AGITAÇÃO MARÍTIMA (12h22)

Sete barras marítimas estão, esta sexta-feira, fechadas à navegação e outras duas condicionadas devido à previsão de forte agitação marítima, de acordo com a informação disponível na página da Marinha Portuguesa na Internet.

Segundo a Marinha portuguesas, estão fechadas à navegação devido ao estado do mar as barras de Caminha, Vila Praia de Âncora, Esposende, Douro, Vila do Conde, Douro e São Matinho do Porto.

As barras de Aveiro e da Figueira da Foz estão fechadas a embarcações de comprimento inferior a 15 e 11 metros, respetivamente.

CONDIÇÕES MELHORARAM NOS AÇORES (12h17)

O estado do tempo nos Açores melhorou durante a noite e madrugada, sem registo de ocorrências ativas desde as 21h00 de quinta-feira, disse esta sexta-feira à agência Lusa fonte do Serviço Regional de Proteção Civil dos Açores.

"Neste momento não há nenhum aviso para o arquipélago, está todo a verde, e desde as 21h21 de quinta-feira" [que não existem ocorrências], adiantou à agência Lusa João Santos, do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA).

O mesmo responsável disse ainda que o SRPCBA vai continuar a acompanhar a situação meteorológica, mas com o dispositivo normal, uma vez que os avisos meteorológicos foram levantados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Os grupos Ocidental (Flores e Corvo) e Central (Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial) estiveram quinta-feira sob alerta devido à previsão de ventos fortes, da ordem dos 150 quilómetros por hora, e da agitação marítima, com ondas de 12 a 14 metros.

O IPMA e a Proteção Civil dos Açores chegaram a emitir na quinta-feira um alerta para o agravamento do tempo também nas ilhas do grupo oriental (São Miguel e Santa Maria) entre as 18h00 e as 23h00 locais, mas tal acabou por não acontecer.

Devido aos ventos fortes, o SRPCBA registou um total de 85 ocorrências durante o dia de quinta-feira, sobretudo relacionadas com quedas de árvores e telhados danificados, nas ilhas Terceira, São Jorge, Graciosa e Flores, indicou José Dias.

O Governo dos Açores decidiu encerrar todos os serviços públicos da região a partir das 16h00 de quinta-feira (17h00 em Lisboa), devido ao mau tempo, e a Proteção Civil aconselhou as populações a manterem-se em casa.

Por precaução, foram encerradas escolas em oito das nove ilhas do arquipélago e fechados todos os portos, portinhos e marinas para embarcações de comprimento inferior a 30 metros nas ilhas Terceira e Graciosa, mantendo-se o porto da Praia da Vitória, na Terceira, aberto para abrigo dessas mesmas embarcações.

Foi ainda encerrada ao trânsito, por precaução, a estrada regional Calhau Miúdo – Beira Mar da Vitória, na ilha Graciosa.

A SATA Air Açores cancelou quinta-feira 21 voos entre as ilhas dos Açores, afetando 306 passageiros, disse à Lusa fonte da empresa, explicando que a transportadora só conseguiu realizar dois voos durante o dia de quinta-feira: a ligação Ponta Delgada/Horta e Horta/Ponta Delgada.

No caso das ligações com o exterior, o voo da SATA Internacional "Lisboa/Santa Maria foi efetuado", mas “não foi possível fazer a ligação a Ponta Delgada e o aparelho regressou a Lisboa", adiantou a fonte da companhia aérea açoriana.

CAPITANIA DO FUNCHAL EMITE AVISO DEVIDO A VENTOS FORTES (12h14)

A Capitania do Porto do Funchal emitiu, esta sexta-feira à noite, um aviso de mau tempo devido às previsões de vento e agitação marítima forte nos mares da Madeira até cerca das 19h00.

"Recomenda-se que, nas costas norte e sul, os proprietários ou armadores das embarcações tomem as devidas precauções para que estas permaneçam nos portos de abrigo", aconselha a autoridade marítima madeirense.

A Marinha também aconselha a população a "adotar medidas de autoproteção na orla costeira em função da agitação marítima adversa ou vento forte que se verificar".

O aviso divulgado pela Capitania é de sinal seis (na escala de Beaufort, que vai de um a nove, e está relacionada com o quadrante do vento), o que significa ‘mau tempo’, entre os 51 e os 62 quilómetros por hora.

Na base deste aviso estão as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que apontam para vento de sueste moderado, tornando-se gradualmente muito fresco a forte, rodando para noroeste, fresco a muito fresco a partir da tarde.

A previsão aponta para boa visibilidade, temporariamente moderada a fraca durante a manhã, enquanto a ondulação variará entre os 2,5 e os quatro metros na costa norte e, na parte sul, as ondas atingirão os 2,5 metros.

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