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Médicos denunciam “péssimas condições” de cuidados a utentes de lar de Reguengos infetados com Covid-19

Segurança Social enviou documento sobre o lar para o Ministério Público em julho.

19 de agosto de 2020 às 08:24

Cinco dias após ser detetado o 1º caso de Covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz, a 21 de junho, os médicos da USF Remo, que fizeram a avaliação inicial dos utentes do lar, reportaram à direção do ACES Alentejo Central e à Autoridade de Saúde Pública, por email, “as péssimas condições existentes na instituição para prestação de cuidados aos utentes infetados”.

No entanto, estas denúncias de quem estava a tratar os idosos não surtiram efeito e os médicos chegaram mesmo a ser ameaçados pelo presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, José Robalo, de que poderiam incorrer em processo disciplinar se não mantivessem a prestação de cuidados no lar. Os factos constam do relatório da auditoria da Ordem dos Médicos, cujo conteúdo foi noticiado em primeira mão pelo CM na edição de segunda-feira, e já levaram a várias reações.

José Robalo confirmou que levantou a possibilidade de um processo disciplinar e, à RTP, considerou que competia aos médicos “ter criado as melhores condições de alternativa se efetivamente consideravam que as condições não eram as melhores para a prestação de cuidados”.

O surto do lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva provocou 162 casos de infeção e 18 mortos, 16 dos quais utentes da instituição.

O número de pessoas infetadas com Covid-19 na vila de Mora subiu para 46, mais quatro do que na segunda-feira. Esta terça-feira foram testados todos os trabalhadores da câmara e da junta de freguesia, num total de 160 pessoas. O comércio e serviços continuam fechados.

No concelho de Montemor-o-Novo há 25 casos, 10 dos quais em Ciborro. As autoridades de saúde estão a investigar se este surto está relacionado com o de Mora.

Ministra já leu o relatório da Ordem

A Segurança Social enviou ao Ministério Público um relatório sobre o lar de Reguengos a 16 de julho, revelou a ministra Ana Mendes Godinho. A governante, que em entrevista ao ‘Expresso’ afirmara que não tinha lido o relatório da Ordem dos Médicos, disse esta terça-feira que já o leu.

Cinco dias após ser detetado o 1º caso de Covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz, a 21 de junho, os médicos da USF Remo, que fizeram a avaliação inicial dos utentes do lar, reportaram à direção do ACES Alentejo Central e à Autoridade de Saúde Pública, por email, “as péssimas condições existentes na instituição para prestação de cuidados aos utentes infetados”.

No entanto, estas denúncias de quem estava a tratar os idosos não surtiram efeito e os médicos chegaram mesmo a ser ameaçados pelo presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, José Robalo, de que poderiam incorrer em processo disciplinar se não mantivessem a prestação de cuidados no lar. Os factos constam do relatório da auditoria da Ordem dos Médicos, cujo conteúdo foi noticiado em primeira mão pelo CM na edição de segunda-feira, e já levaram a várias reações.

José Robalo confirmou que levantou a possibilidade de um processo disciplinar e, à RTP, considerou que competia aos médicos “ter criado as melhores condições de alternativa se efetivamente consideravam que as condições não eram as melhores para a prestação de cuidados”.

O surto do lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva provocou 162 casos de infeção e 18 mortos, 16 dos quais utentes da instituição.

O número de pessoas infetadas com Covid-19 na vila de Mora subiu para 46, mais quatro do que na segunda-feira. Esta terça-feira foram testados todos os trabalhadores da câmara e da junta de freguesia, num total de 160 pessoas. O comércio e serviços continuam fechados.

No concelho de Montemor-o-Novo há 25 casos, 10 dos quais em Ciborro. As autoridades de saúde estão a investigar se este surto está relacionado com o de Mora.

Ministra já leu o relatório da Ordem

A Segurança Social enviou ao Ministério Público um relatório sobre o lar de Reguengos a 16 de julho, revelou a ministra Ana Mendes Godinho. A governante, que em entrevista ao ‘Expresso’ afirmara que não tinha lido o relatório da Ordem dos Médicos, disse esta terça-feira que já o leu.

Saiba mais

500

A maior estrada portuguesa, a EN2 (Chaves-Faro), atravessa os concelhos de Montemor-o-Novo e Mora. Ciborro é uma das ‘localidades-fetiche’ dos amantes da EN2: é aqui que está o marco do quilómetro 500.

Distrito de Évora

O distrito de Évora, com 14 municípios, é o segundo maior de Portugal continental: com 7395 quilómetros quadrados, apenas é superado pelo distrito de Beja. Mora, Montemor-o-Novo e Reguengos de Monsaraz têm um total de 30 mil habitantes.

Mora e Montemor-o-Novo em alerta

O número de pessoas infetadas com Covid-19 na vila de Mora subiu para 46, mais quatro do que na segunda-feira. Esta terça-feira foram testados todos os trabalhadores da câmara e da junta de freguesia, num total de 160 pessoas. O comércio e serviços continuam fechados.

No concelho de Montemor-o-Novo há 25 casos, 10 dos quais em Ciborro. As autoridades de saúde estão a investigar se este surto está relacionado com o de Mora.

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