Relatório refere que o emprego em toda a OCDE atingiu os 668 milhões em maio deste ano, um aumento de cerca de 26% desde 2001.
Os mercados de trabalho da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) continuam resilientes, mas o envelhecimento da população provocará uma escassez significativa de mão-de-obra e pressões fiscais, alertou esta quarta-feira a entidade.
"Os mercados de trabalho da OCDE continuam resilientes: as taxas de emprego aumentaram ainda mais no ano passado para 72,1% na média dos países da OCDE, o nível mais elevado desde pelo menos 2005", afirmou o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, em comunicado, sobre a relatório das perspetivas de emprego na OCDE.
O relatório refere que o emprego em toda a OCDE, que atingiu 668 milhões em maio deste ano - um aumento de cerca de 26% desde 2001 - deverá crescer cerca de 1,1% em 2025 e 0,7% em 2026.
Já a taxa de desemprego em toda a OCDE situou-se em 4,9% em maio e a projeção é que se mantenha perto deste nível até 2026.
A taxa de desemprego foi 0,5 pontos percentuais superior para as mulheres do que para os homens, mas, entre o primeiro trimestre de 2024 e o primeiro trimestre de 2025, a taxa de emprego das mulheres aumentou em média mais cerca de 0,2 pontos percentuais do que a dos homens.
A edição deste ano inclui também uma nova análise sobre o impacto significativo que o declínio das taxas de natalidade e o aumento da esperança de vida na OCDE terão no crescimento económico e no emprego.
"O envelhecimento populacional deverá conduzir a uma escassez significativa de mão-de-obra e a pressões fiscais. Estimamos que, até 2060, a população em idade ativa diminua 8% na OCDE e as despesas públicas anuais com pensões e cuidados de saúde aumentem 3% do PIB", apontou a organização internacional que promove políticas para melhorar o bem-estar económico e social em todo o mundo.
O relatório prevê que a população em idade ativa diminua mais de 30% num quarto dos países da OCDE até 2060 e realçou que a taxa de dependência dos idosos aumentou de 19% em 1980 para 31% em 2023, estimando-se que suba para 52% até 2060.
A OCDE sinalizou a necessidade de medidas políticas ambiciosas para melhorar as oportunidades de emprego para os trabalhadores mais velhos, desbloquear o potencial inexplorado do mercado de trabalho das mulheres e dos jovens e reativar o crescimento da produtividade, incluindo a garantia de que os trabalhadores têm as competências certas para beneficiarem das novas ferramentas de Inteligência Artificial (IA).
"Sem uma ação política decisiva, o crescimento do PIB per capita diminuirá cerca de 40% na área da OCDE -- de 1% ao ano em 2006-19 para 0,6% ao ano em 2024-60, em média", apontou.
Para já, ressalvou a OCDE, os mercados de trabalho continuam resilientes, mas há sinais de abrandamento, uma vez que as incertezas geopolíticas e de política comercial prejudicam a atividade económica.
Os salários reais estão a crescer na maior parte dos países da OCDE, mas continuam abaixo dos níveis observados no início de 2021, pouco antes do aumento da inflação pós-pandemia, em cerca de metade dos países.
A OCDE é um fórum político global que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento económico sustentável, a expansão do comércio mundial e a melhoria da qualidade de vida nos 38 países membros, trabalhando com mais de 100 países.
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