Melhorias salariais, reestruturação dos suplementos remuneratórios e a revisão da portaria de avaliação de serviço são as três matérias das quais a ASPP não abdica.
A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) teve esta segunda-feira "uma reunião um pouco tensa" com a ministra da Administração Interna, que não garantiu "efeitos práticos" das negociações nos salários e carreiras já a 01 de janeiro de 2026.
A reunião não começou bem para as pretensões da ASPP, disse à Lusa o presidente deste sindicato, Paulo Santos, que adiantou que foi já no decurso da reunião com a ministra Maria Lúcia Amaral, que decorreu no Ministério da Administração Interna, que o Governo evoluiu na sua posição e anunciou "a apresentação de uma proposta formal em 28 de novembro, um dia depois da votação final global do Orçamento do Estado para 2026.
"Percebemos que a senhora ministra estaria limitada para que algo que se concretizasse nessa data pudesse ter efeitos a 01 de janeiro de 2026. Não teria autonomia para essa decisão neste momento, mas sentimos ali uma abertura da parte da senhora ministra nesse sentido. Por isso, vamos aguardar, demos nota para contarem com a nossa disponibilidade, se efetivamente houvesse a possibilidade de haver algumas matérias com efeitos retroativos a 01 de janeiro de 2026", disse Paulo Santos.
Se isso não acontecer, a ASPP não garante disponibilidade para continuar no processo negocial, referiu o presidente da associação sindical, adiantando que a reunião começou com o Governo a querer "empurrar para a frente a resolução de problemas", tentando que os efeitos práticos das negociações se sentissem apenas em 2027.
"Dissemos que (...) não poderíamos continuar neste processo negocial, porque os problemas que são colocados hoje são muito agudos, merecem já uma resposta", disse Paulo Santos.
Melhorias salariais, reestruturação dos suplementos remuneratórios e a revisão da portaria de avaliação de serviço são as três matérias que a ASPP não abdica que tenham consequências efetivas já em janeiro.
Sobre a possibilidade de aceitar uma proposta da tutela que implique algum tipo de faseamento, Paulo Santos disse preferir esperar pelo documento: "Estamos disponíveis para perceber aquilo que o Governo nos quer apresentar no dia 28 de novembro".
A próxima reunião da ASPP com o Governo deve acontecer precisamente nesse dia, para apresentação da proposta.
A ministra da Administração Interna iniciou esta segunda-feira um processo negocial com sindicatos da PSP e associações da GNR, ao receber duas das estruturas, que contestam o calendário proposto pelo Governo, acusando-o de "pouca vontade" em resolver os problemas.
Para além da ASPP, a ministra também recebia a Associação Nacional de Oficiais da Guarda (ANOG) para uma primeira ronda negocial que termina em 24 de novembro, estando as tabelas remuneratórias, carreiras e revisão dos suplementos entre os temas a debater.
A Lusa tentou contactar o presidente da ANOG a propósito da reunião de esta segunda-feira, sem sucesso.
Segundo as estruturas da PSP e da GNR, o objetivo deste processo negocial é iniciar o que tinha ficado acordado em julho de 2024 quando ficou estabelecido o aumento faseado do suplemento de risco em 300 euros até 2026, negociações que não chegaram a avançar no anterior Governo.
A ASPP e a ANOG criticam o calendário, considerando que nos moldes propostos pelo Ministério da Administração Interna (MAI) as negociações vão arrastar-se no tempo e as principais reivindicações não vão estar contempladas no Orçamento do Estado para 2026.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.