Iniciativa pretendeu inverter o encerramento das agências em zonas habitadas por população mais idosa.
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Duas dezenas de moradores de Agualva e Mira Sintra, e de Massamá e Monte Abraão manifestaram-se esta quarta-feira junto à sede da sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa, contra o anunciado encerramento de duas agências bancárias naquelas freguesias de Sintra.
A iniciativa pretendeu inverter o encerramento das agências da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Mira Sintra e de Queluz Ocidental/Monte Abraão (distrito de Lisboa), zonas habitadas por população mais idosa que, caso esta intenção vá em frente, vai ter de se deslocar cerca de três quilómetros, para poder ter acesso a outra agência do banco público.
O presidente da Junta de Freguesia de Agualva e Mira Sintra, Carlos Casimiro, explicou que a agência da CGD de Mira Sintra serve uma "comunidade muito idosa" e que com esta intenção de encerramento "ficam cinco mil pessoas sem uma única agência bancária ou ATM" nas proximidades.
"É uma decisão totalmente absurda, ainda mais em tempo de covid", afirmou o responsável, considerando "incompreensível que se peça a cinco mil pessoas que residem em Mira Sintra e que vão todos os meses buscar as suas pensões que se desloquem em transportes públicos ou a pé".
Segundo Carlos Casimiro, pela idade que têm, muitos com mais de 80 anos e já sem capacidade de ter automóvel, os utentes vão ter de se deslocar a "um centro populacional denso como é Agualva, onde já existem filas muito grandes".
"Não consigo encontrar argumento válido", declarou, acrescentando que "até podem existir argumentos economicistas, mas que não se podem sobrepor". Para impedir o encerramento, disse, poderá ser entregue uma providência cautelar.
De acordo com o autarca, até hoje as duas freguesias unidas no mesmo propósito ainda não tinham tido uma resposta por parte da CGD, no entanto, quando anunciaram a intenção de entregar um abaixo-assinado com cerca de 4.000 assinaturas, souberam que iriam ser recebidas.
"Não sabemos se será o conselho de administração, a quem enviámos duas cartas, primeiro a Carlos Albuquerque, depois a Paulo Macedo, mas seremos recebidos enquanto representantes legítimos de 90 mil habitantes e estamos disponíveis para dialogar", frisou.
O presidente da União de Freguesias Massamá e Monte Abraão, Pedro Brás, referiu que a CGD, sendo um banco público, deveria ter "uma dimensão de proximidade que outras instituições no setor não terão".
"Estranhamos esta decisão de fechar um balcão. [...] Quando falamos de serviço público temos de falar de proximidade e temos de ter outro tipo de dimensão que não apenas o custo", salientou Pedro Brás.
O responsável alertou ainda para o facto de no atual contexto de pandemia que se vive ser pior para a população ter de se "deslocar e concentrar em outras agências onde já há problemas de números de utentes".
Ambos os presidentes de junta mostraram-se expectantes com o que poderá sair do encontro de hoje com representantes da CGD, considerando que já é um "sinal de abertura" o facto de serem recebidos.
À Lusa, Maria do Carmo Rosado e Rui Rosado, casados, explicaram que se tinham juntado à manifestação por ser uma questão "muito importante", sobretudo para os mais idosos, que "têm muita dificuldade" para se deslocarem a outros sítios.
Também Manuel Lourenço Marques, que é 'vizinho' do balcão da CGD de Monte Abraão, lembrou que vive numa freguesia "com muitos idosos" cujas capacidades de locomoção "não são grandes" e que a mudança irá trazer enormes transtornos.
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