Apuramento de responsabilidades até ao nível ministerial.
A família de David Duarte, de 29 anos, que morreu no Hospital de São José, em Lisboa, na madrugada do dia 14 de dezembro de 2015, já apresentou uma queixa-crime no Ministério Público contra "todos os envolvidos na cadeia da decisão" da situação clínica do jovem, incluindo no âmbito ministerial.
"Já existe um processo de inquérito aberto pelo Ministério Público, mas que em nada prejudica o direito da família em apresentar uma queixa. Os factos apurados pelo Ministério Público permitirão tirar consequências e apurar todos os responsáveis sobre quem tinha o dever de agir e de cuidar", afirmou ao CM a advogada Cristina Malhão, que representa a família de David Duarte.
Segundo a causídica, o primeiro objetivo da família é "fazer justiça" ao David e, depois, atuar em defesa da confiança e da qualidade do Serviço Nacional de Saúde.
"Acreditamos que algo está a mudar", sublinhou Cristina Malhão, referindo-se às medidas entretanto anunciadas. Para serem aplicadas já em fevereiro estão a criação de escalas de prevenção de neurocirurgia aos fins de semana no São José e a criação de um grupo coordenador da Urgência Metropolitana de Lisboa para avaliar os constrangimentos nos hospitais e apresentar soluções.
O jovem morreu no São José após uma espera de três dias por uma cirurgia para tratar uma hemorragia cerebral provocada pela rutura de um aneurisma. Tinha sido transferido do Hospital de Santarém.
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